Desde 1968 - Ano 56

29.3 C
Dourados

Desde 1968 - Ano 56

InícioEntretenimentoApós cantarem em NY, grupo de rap de Dourados se apresenta no...

Após cantarem em NY, grupo de rap de Dourados se apresenta no museu do Grammy

- Advertisement -

O primeiro grupo de rap indígena do Brasil, o Brô MC’S, vai ser uma das atrações da noite no Grammy Museum, em Los Angeles (EUA), nesta segunda-feira (25). Os artistas vão participar do pré-lançamento do novo álbum do Dj Alok, “Futuro Ancestral”.

Kelvin Mbaretê, Bruno Veron, Clemersom Batista e Charlie Peixoto são integrantes das comunidades Jaguapiru e Boróró, que ficam em Dourados (MS). Os indígenas fazem parte da etnia Guarani Kaiowá e completam 15 anos de carreira em 2024.

Para um público de 300 pessoas, os quatro vão cantar a faixa que participam no álbum de Alok. Mesmo single que foi apresentado em um evento da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, em 2023.

Segundo a assessoria do grupo, um novo álbum do Brô MC’S, chamado Retomada, também deve ser lançado em breve.

Reconhecimento

Os rappers sul-mato-grossenses misturam português e guarani em suas letras. Brô Mc’s também foi o primeiro grupo de rap indígena a tocar no Rock in Rio, em 2022.

Brô MCs é composto por Tio Creb, CH, Bruno Veron e Kelvin Mbaretê — Foto: Divulgação/Luan Iturve
Brô MCs é composto por Tio Creb, CH, Bruno Veron e Kelvin Mbaretê — Foto: Divulgação/Luan Iturve

Outra conquista comemorada pelo grupo foi no ano passado, quando foram citados em uma pergunta do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que cobrou dos candidatos uma reflexão sobre a fusão das manifestações artísticas urbanas com a cultura indígena, assim como o estímulo ao estudo da poesia indígena para o crescimento do gênero entre movimentos dos povos originários.

Os integrantes falam sobre como a imagem dos povos originários nunca foi definida por eles mesmos e como querem mostrar que os indígenas podem ocupar espaços como universidades, postos de trabalho, música e arte.

“Quando a gente era moleque, ninguém ouvia a gente. Então, foi uma forma que eu encontrei de dizer: o povo Guarani-Kaiowá está aqui”, afirma Bruno. “Antigamente, a gente lutava com arco e flecha, que é uma coisa do passado, ficou para trás. Hoje em dia, a nossa arma é a nossa fala, é o nosso canto, é a nossa rima”.

Os quatro cresceram com a música presente em rituais sagrados, com cânticos tradicionais pelos rezadores. Essas rezas embasam alguns trechos de canções do grupo. Eles contam que rezadores já tiveram casas queimadas e foram perseguidos.

(Com informações do g1)

- Advertisement -

MAIS LIDAS

- Advertisement -
- Advertisement -