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‘CB do Takeo e o Bar Lucheze’, por José Tibiriça Martins Ferreira

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José Tibiriçá Martins Ferreira (*) –

Para os mais novos, são poucos conhecidos estes locais ali na Avenida Marcelino Pires, entre a Presidente Vargas e Rua João Rosa Góes, onde cerca de 30 metros ao lado da farmácia de manipulação existia o Bar Lucheze, frequentado pelos corretores, ponto onde muitos ficavam aguardando um trabalho da zona rural e peões para comporem as comitivas do Zé Mariano, Zé Mato Grosso e demais.

'CB do Takeo e o Bar Lucheze', por José Tibiriça Martins Ferreira

A CB (Central de Boataria) do Takeo é mais nova, ponto de encontro dos políticos, dos intelectuais e jornalistas que trocavam ideias e comentavam sobre os últimos acontecimentos. Na época havia os jornais O Progresso, o Panorama, Diário MS, Gazeta Popular e Folha de Dourados. Essas imagens ficaram só na lembrança dos frequentadores. Aqueles intelectuais não frequentam mais o local, boa parte foi para o Oriente, difícil encontrar alguém nesses pontos que sobreviveu ao tempo.

Diariamente, parte da manhã tem cadeira cativa no banco da farmácia de manipulação onde fazem rodízio os cidadãos douradenses: Ubirajara Melo, Rufino da Silva (fininho), Antônio Guerreiro, Pedro Corretor, já septuagenários, octogenários e outros que por ali fazem uma roda para ouvirem os “causos”. A 10 metros está o cearense Severino fazendo o jogo do bicho, sempre com seu chapéu de palha e camisa do Palmeiras. Estava lá hoje (20/04) o pecuarista Osvaldo, pai do ex-vice-prefeito de Dourados Marisvaldo, que de vez enquando está por ali falando sobre a situação da agropecuária, também octogenário e muito experiente no ramo.

Um dos frequentadores também é o topógrafo Jamil Campos Aum que passa para assinar o ponto, mas anda meio ausente. Estes são os visitantes ilustres, últimos remanescentes da velha guarda que ainda podem contar alguns fatos que presenciaram em nossa cidade.
Encontrei-me com o jornalista e proprietário do jornal Folha de Dourados, José Henrique Marques, nas imediações, um dos componentes da plêiade de nossa cidade.

Temos hoje diversos jornais virtuais em Dourados que trazem as notícias. Gosto de ler também o impresso, sou assinante do jornal O Estado de Mato Grosso do Sul, de Campo Grande-MS.

Uma pena não termos mais os três jornais como o Progresso, Diário MS e Folha de Dourados que traziam diariamente as notícias e líamos vários artigos publicados por pessoas de nossa cidade como o articulista José Alberto Vasconcelos – ex-vereador, advogado e escritor, autor de vários livros.

Os tempos mudaram, mas os fatos narrados eram mais consistentes, não existiam as notícias falsas, chamadas em inglês de fake news em muitos jornais a nível de Brasil.

(*) Advogado e produtor rural.

'CB do Takeo e o Bar Lucheze', por José Tibiriça Martins Ferreira
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