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Classe média expande, na carona do PIB e do Bolsa Família; analistas comentam

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País viveu um momento de grande transformação econômica entre os anos de 2022 e 2023. Dados recentes revelam que a classe C, que representa a parcela da população com maior poder de consumo, cresceu de 56,2% para 59,7% nesse período. Enquanto isso, as classes A/B também apresentaram aumento significativo, passando de 13,5% para 15,59%. Essa ascensão social representa um marco importante, como destaca o economista e diretor da FGV Social, Marcelo Neri. Segundo ele, mais de 11,3 milhões de brasileiros ingressaram na classe média em apenas um ano, o que equivale ao tamanho da população de Portugal. “É o menor índice de extrema pobreza registrado desde 1976. No entanto, quando analisamos a distribuição de crescimento em diferentes faixas de renda, percebemos um crescimento generalizado para todos os grupos”, explica o economista.

• Um dos principais impulsionadores desse avanço foi o crescimento de 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, acompanhado por uma recuperação significativa do mercado de trabalho. Isso proporcionou aumento de 11,5% na renda média dos brasileiros, um ganho considerável para a qualidade de vida da população.

• Além disso, o governo concentrou seus esforços no programa Bolsa Família, carro-chefe dos governos petistas, complementando o impulso do PIB e reduzindo a desigualdade social.

Essa melhoria generalizada nos rendimentos médios dos brasileiros, especialmente entre os mais pobres, levou a miséria ao menor nível da história, de acordo com o Centro de Políticas Sociais da FGV Social.

• Em 2022, 9,6% da população estava em condições de extrema pobreza, o equivalente a 19,5 milhões de brasileiros, de acordo com os cálculos feitos a partir de dados da Pesquisa Nacional de Amostra por domicílios Contínua (PNAD-C).
• 
Em 2023 esse número caiu para 8,3% ou 16,9 milhões de pessoas.

“No cenário de longo prazo, a ascensão das famílias de baixa renda para a classe média tende a ser um processo gradual”, diz Eduardo Amendola, economista e professor da Estácio.

Classe média expande, na carona do PIB e do Bolsa Família; analistas comentam
Marcelo Neri, economista e diretor da FGV Social: “A pobreza sempre cai em anos eleitorais no Brasil. Mas diria que as ações estão sendo tomadas” (Crédito:Divulgação )

O aumento da renda média por pessoa atingiu um patamar recorde de R$ 1.848, considerando não apenas os ganhos do trabalho, mas também outras fontes de renda, como programas sociais e aposentadorias.

Esse avanço também se refletiu no mercado de trabalho, onde a proporção de empregados em relação à população em idade de trabalhar superou os níveis pré-pandemia.

Segundo levantamento do Instituto Locomotiva, 109 milhões é o número de brasileiros pertencentes à classe C ou a nova classe média, com renda domiciliar média variando entre R$ 2.500 e R$ 4.500.

“Embora a classe média ainda não tenha alcançado o mesmo nível de força de antes, espera-se que ela se restabeleça à medida que o País continue a crescer”, estima o economista Rica Mello.

Essa ascensão foi sentida pela empregada doméstica Rita Alexandra Feitosa, de 42 anos. Casada por 23 anos, divorciou-se e teve que partir para viver de aluguel, mas no ano passado conseguiu comprar seu apartamento. “Hoje tenho uma renda de R$ 2.500, fora os trabalhos extras, e isso me deu a oportunidade de comprar meu imóvel em um condomínio com clube. Vou morar com a minha pet, a Nem, e aproveitar a vida. Estou muito orgulhosa de mim e cheia de gratidão”, conta Rita.

Esses avanços sociais e econômicos foram possíveis graças ao aquecimento da economia e às políticas implementadas pelo governo. O Bolsa-Família, em especial, desempenhou um papel fundamental na redução da desigualdade. Entre dezembro de 2019 e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões, ou seja, mais de 60%. Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

É importante ressaltar que essa recuperação econômica e o aumento da renda não se limitaram apenas às classes mais baixas. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano, algo que já ocorreu em 2023.

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“Acho que repetir um resultado como o de 2023 é difícil. O ano de 2022 foi um ano expansivo também, que talvez seja mais normal, porque foi um ano eleitoral. A pobreza sempre cai em anos eleitorais no Brasil. Mas diria que as ações estão sendo tomadas, existe certa atividade no mercado de trabalho, mas não acredito que seja algo que venha a se repetir como o salto dado em 2023”, avalia Neri.

(Istoé)

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