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Incógnita: Afinal, Barbosinha disputa ou não a Prefeitura de Dourados?

José Henrique Marques –

O processo político que culminará, em 5 de agosto, com a definição de candidaturas para prefeito de Dourados tem uma incógnita: o vice-governador Barbosinha (PSD). Será que ele tentará se redimir da derrota surpreendente, há quase quatro anos, para o prefeito Alan Guedes (PP?

De resto, tudo caminha na normalidade e não há mais espaço para outsider. O prefeito de Dourados, entre 2025 e 2028, será novamente Alan Guedes ou qualquer outro entre os demais 9 pré-candidatos, entre eles Barbosinha (?).

Além de Alan e Barbosinha são pré-candidatos: Tiago Botelho (PT), Marçal Filho (PSDB), Beto Teles (Rede), Bela Barros (PDT), Ferrinho (DC), Racib Harb (NOVO), Gianni Nogueira (PL) e Junior Teixeira (PRD).  

As tratativas políticas tendem enxugar o número de pretendentes ao comando da segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul, com orçamento na casa de R$ 1,5 bilhão, para 4, 5 ou talvez 6 candidatos.

Hoje, as pesquisas sinalizam polarização à direita, entre os grupos do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e da senadora bolsonarista Tereza Cristina (PP) que, a rigor, representam dois projetos: estadual (Marçal e Barbosinha) e municipal (Alan). Como terceira via, Tiago Botelho assumirá naturalmente o projeto federal.

Se a eleição marchar dentro dos espectros dos projetos da direita (PP), centro-direita (PSDB) e esquerda (PT), as demais candidaturas (se vingarem depois da pré) tenderão, por inércia, serem meras coadjuvantes dos partidos maiores, ressalvando-se possíveis surpresas.   

Ainda que eleição municipal seja totalmente diferente da disputa presidencial, a verdade é que a polarização Lula-Bolsonaro continua latente e é exatamente nisso que apostam Tiago Botelho e Gianni Nogueira, para romper a aventada polarização entre Alan e Marçal/Barbosinha.

O problema de Gianni Nogueira é que as principais lideranças do PSDB, entre elas, o governador Eduardo Riedel e o deputado Zé Teixeira, e do PP, Tereza Cristina, também representam o bolsonarismo. A pastora tem como capitalizar parte dos votos de Bolsonaro, de quem seu esposo, o deputado federal Rodolfo Nogueira, é amigo, mas não o suficiente para vencer o pleito.

Racib Harb, Júnior Teixeira, Bela Barros e Ferrinho também herdarão nacos do eleitorado antipetista, em 6 de outubro.

Eventual racha nas candidaturas à direita beneficia o PT. Tiago Botelho torce para que o bolsonarismo pulverize suas candidaturas e, principalmente, num racha na base do governo do Estado, tendo Marçal e Barbosinha na disputa.

Num cenário com Marçal, Alan, Barbosinha, Gianni, Tiago e mais uma ou duas candidaturas à direita, o resultado é imprevisível. Quem conquistar 30% dos votos deve levar. Em 2022, Bolsonaro teve 62,84% dos votos e Lula 37,16%.

Dentro desta perspectiva, dificilmente Barbosinha será candidato, a não ser que Marçal desista ou a popularidade do radialista derreta de uma hora para outra com o afastamento obrigatório dos microfones de sua emissora (em julho) – hipóteses improváveis.

Como Barbosinha tem juízo e jamais iria contrariar os interesses de Azambuja e Riedel, tudo indica que o grand finale deste intenso período da pré-campanha de Dourados será o apoio de Barbosinha a Marçal.

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