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Pantanal de MS: em 2024, fogo já destruiu área duas vezes maior que a capital paulista

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Em meio à temporada de fogo antecipada, o Pantanal de Mato Grosso do Sul está sendo devastado pelos focos de incêndios. De 1º de janeiro até o último domingo (16), 338.675 hectares do bioma já foram consumidos pelas chamas. A área devastada é duas vezes o tamanho da cidade de São Paulo.

Os dados, que são do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec), e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Mato Grosso do Sul, foram divulgados nesta segunda-feira (17). De acordo com o levantamento, a área atingida aumentou 19 vezes em 2024 se comparada ao mesmo período de 2023, quando foram queimados 17.050 hectares.

Ainda segundo o levantamento, o número de focos de calor no Pantanal cresceu de 81 registros em 2023 para 1.500 em 2024.

Entre os municípios que concentram 96,8% dos focos de calor no Pantanal estão Corumbá (82,6%), Aquidauana (8,0%) e Porto Murtinho (6,2%), conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

Previsão é de mais calor, alerta Cemtec

As condições meteorológicas atuais e as previstas são extremamente favoráveis para ocorrência e rápida propagação dos incêndios florestais, segundo o Cemtec.

A previsão para os próximos dias indica continuidade do tempo quente e seco na maior parte de Mato Grosso do Sul. A probabilidade é de temperaturas acima dos 30°C e 32°C, aliado à baixa umidade relativa do ar.

No Pantanal de MS, o perigo de fogo encontra-se entre o risco “muito alto” a “extremo” para o dia 22 de junho.

Responsáveis por incêndios foram multados em R$ 24 milhões

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul, em parceria com a Polícia Militar Ambiental (PMA), identificou e multou em R$ 24 milhões as propriedades responsáveis pelos incêndios no Pantanal nos últimos dois anos. O MPMS, através do Núcleo de Geotecnologias (NUGEO), investiga as causas dos últimos incêndios registrados no bioma pantaneiro.

“Nós últimos dois anos, a PMA conseguiu ir em 18 pontos onde o fogo começou e em 4 locais foi constatado que o incêndio foi doloso ou culposo, o que gerou uma multa de R$ 24 milhões. As multas aplicadas pela polícia são destinadas para o estado para questões ambientais”, esclarece o promotor de Justiça do Núcleo Ambiental, Luciano Furtado Loubet.

De acordo com o Código Penal, o crime de incêndio consiste em causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de terceiros. A pena varia de três a seis anos de reclusão e multa.

As ações fazem parte do Programa “Pantanal em Alerta”, que também tem como objetivo realizar trabalho preventivo em propriedades e locais onde os incêndios têm início. Entre maio e junho de 2024, durante o período de emergência ambiental, o MPMS identificou sete pontos de ignição que causaram aproximadamente 12.387 hectares de incêndios florestais no Pantanal Sul-mato-grossense.

O bioma já registra o maior número de queimadas para um mês de junho desde o começo do monitoramento, em 1998.

Destruição

Animais carbonizados e um cenário cinza tomam conta da da região pantaneira de Mato Grosso do Sul.

O biólogo e diretor de comunicação da ONG SOS Pantanal, Gustavo Figueirôa, registrou de perto as cicatrizes que o fogo tem deixado na fauna e flora pantaneira. Uma das imagens mostra um jacaré carbonizado.

“No meio do caminho encontramos um jacaré que não conseguiu fugir a tempo”, escreveu Gustavo em uma publicação nas redes sociais.

Fogo na região de Corumbá — Foto: CBMMS
Fogo na região de Corumbá — Foto: CBMMS

(Com informações do g1)

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