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Quilombolas em MS tem melhor alfabetização e acesso a serviços que a média nacional

O IBGE divulga nesta sexta-feira (19/07/2024), os dados do Censo Demográfico 2022 para população quilombola e territórios quilombolas, com a temática de alfabetização e características do domicílio. A publicação é fruto da pergunta integrada pela primeira vez ao questionário do Censo: “Você se considera Quilombola?”.

Por meio desta autoidenficação, foi possível ser feita uma análise da população que se identificava como quilombola independente da forma como se identificava no critério cor ou raça. Para este recorte, apenas as localidades já oficialmente delimitadas foram considerados Territórios Quilombolas. Para estas, a atual publicação consegue exprimir dados detalhados para cada território.


Em MS foram registrados 1.064 quilombolas que residiam em 3.139 domicílios. No Estado foram contabilizados 979.669 domicílios em 2022, segundo o Censo Demográfico. Em 1.064 destes havia pelo menos um morador quilombola. Destes, 423 ficam em Território Quilombolas (TQ) e 641 ficavam fora de TQ.

Quando analisados os moradores, no estado foram registradas 2.737.054. Destes, 3.139 moravam em um domicílio que tinha pelo menos um morador quilombola. Dentre estes, 1,210 moravam em territórios quilombolas e 1.929 moravam fora destes. Com isso, tem-se que em MS, 44,52% das pessoas quilombolas moravam em território quilombola. Este é o segundo maior percentual entre as UFs, atrás apenas de SE (45,27). O maior percentual de pessoas quilombolas morando fora de TQ foi obtido no DF (100%), seguido de AL (98,17%).

Outra análise que os dados permitem é a visualização das informações por Território Quilombola.

Com 8,55%, MS tem a sexta menor taxa de analfabetismo entre as UFs
Os resultados do Censo Demográfico 2022 mostram que, no Mato Grosso do Sul, havia 2.023 pessoas quilombolas de 15 anos ou mais de idade, vivendo dentro e fora de Territórios oficialmente delimitados, das quais 1.850 sabiam ler e escrever um bilhete simples (alfabetizadas) e 173 não sabiam ler e escrever um bilhete simples (analfabetas). A partir desses totais populacionais, a taxa de alfabetização dos quilombolas foi 91,45% em 2022, abaixo da taxa estadual, que foi de 94,61% para esse grupo de idade. A taxa de analfabetismo dos quilombolas foi 8,55% deste contingente populacional sul-mato-grossense, quase 1,6 vezes acima da taxa estadual de 5,39%.

Dentro de Territórios Quilombolas oficialmente delimitados, havia 859 pessoas quilombolas de 15 anos ou mais de idade, das quais 783 sabiam ler e escrever um bilhete simples e 76 não sabiam ler e escrever um bilhete simples. A partir desses totais populacionais, a taxa de alfabetização dos quilombolas residentes em Territórios Quilombolas foi 91,15% em 2022, abaixo da taxa estadual, que foi de 94,61% para esse grupo de idade, e abaixo da taxa de alfabetização da população quilombola como um todo (91,45%).

A taxa de analfabetismo dos quilombolas residentes em Territórios Quilombolas foi 8,85% deste contingente populacional, acima da taxa estadual de 5,39%, e acima da taxa de analfabetismo da população quilombola estadual como um todo (8,55%).

Fora de Territórios Quilombolas oficialmente delimitados em MS, havia 1.164 pessoas quilombolas de 15 anos ou mais de idade, das quais 1.067 sabiam ler e escrever um bilhete simples e 97 não sabiam ler e escrever um bilhete simples. A partir desses totais populacionais, a taxa de alfabetização dos quilombolas residentes fora de Territórios
Quilombolas foi 91,67% em 2022, abaixo da taxa estadual, que foi de 94,61% para esse grupo de idade, e ligeiramente acima da taxa de alfabetização da população quilombola estadual como um todo (91,45%). A taxa de analfabetismo dos quilombolas fora de Territórios Quilombolas foi 8,33% deste contingente populacional, acima da taxa estadual de 5,39%, e ligeiramente abaixo da taxa de analfabetismo da população quilombola como um todo (8,55%).

Desagregando a análise de alfabetização e analfabetismo pelas Unidades da Federação, identifica-se que aquelas com taxas de analfabetismo acima da taxa de pessoas quilombolas do país, que é de 18,99%, são Alagoas (29,77%), Piauí (28,75%) e a Paraíba (26,87%). As menores taxas de analfabetismo entre pessoas quilombolas foram encontradas no Distrito Federal (1,26%), Amazonas (7,07%), Santa Catarina (7,57%), Rondônia (7,64%), Rio de Janeiro (8,33%) e Mato Grosso do Sul (8,55%).

Quando essa análise leva em consideração a localização do domicílio dentro de Territórios Quilombolas oficialmente delimitados, as Unidades da Federação com as maiores taxas de analfabetismo de pessoas quilombolas residindo nesses territórios são Alagoas (31,57%), Piauí (29,87%) e Tocantins (27,48%). As menores taxas de analfabetismo entre pessoas quilombolas residindo dentro de Territórios Quilombolas oficialmente delimitados encontram-se no Rio Grande do Sul (10,28%), Rio de Janeiro (9,64%), Mato Grosso do Sul (8,85%), Amapá (8,26%) e Amazonas (5,23%).

Percentual de domicílios em TQ com acesso a água encanada de MS é o maior entre as UFs
A ligação à rede geral de fornecimento de água é um dos itens que mede o saneamento básico esperado para os domicílios.

Em MS, 90,57% dos domicílios estavam ligados à rede geral. Porém, quando considerado o território quilombola, este número cai para 83,46. Se considerados os domicílios onde há pelo menos um morador quilombola, esse número fica em 87,31%. Quando foram considerados os domicílios onde há pelo menos um morador quilombola e que estejam em território quilombola, esse percentual sobe para 91,72%.

Os dois números que se referem aos domicílios em TQ são considerados os maiores percentuais entre as UFs. Fica em segundo lugar, a BA, com 72,81% do domicílios em TQ com acesso a água e 73,31% dos domicílios em TQ com orador quilombola com acesso a água da rede.

MS tem a segunda maior proporção de moradores quilombolas em domicílios particulares permanentes com banheiro de uso exclusivo (99,88%). Os domicílios particulares permanentes podem ser caracterizados em quatro situações no que concerne a existência
de banheiros e sanitários.

A primeira situação é aquela com domicílios onde existe ao menos um banheiro de uso exclusivo, considerando que por banheiro entende-se o cômodo com vaso sanitário e instalações para banho (chuveiro, ducha ou banheira) e por “de uso exclusivo” se entende o banheiro que, no cotidiano, era utilizado apenas pelos moradores dos domicílios e seus hóspedes – isto é, que não é compartilhado com moradores de domicílios vizinhos.

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