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Feminicídio cresce durante a pandemia; veja como denunciar

Um dos casos mais recentes foi o de Aldennir Soares da Silva, 35 anos, assassinada com 24 facadas pelo marido, na noite do dia 26 de junho

29/06/2020 16h47 – Por: Folha de Dourados

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Foram 18 mulheres mortas do início do ano até 28 de junho deste ano. 12 vítimas no interior e seis em Campo Grande (Capital). Os dados foram divulgados pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública do MS.

Machismo enraizado

Um dos casos mais recentes foi o de Aldennir Soares da Silva, 35 anos, assassinada com 24 facadas pelo marido, na noite do dia 26 de junho, em Chapadão do Sul. Os números escancaram que a violência contra mulher é algo muito maior do que a famosa briga entre marido e mulher, tal assunto deve se dar sua devida importância, pois vidas estão sendo ceifadas pelo simples fato de serem mulheres, inaceitável.

Os crimes cometidos contra essas mulheres demonstra um machismo enraizado na sociedade que muitas das vezes beira a misoginia, as situações são recriadas constantemente formando um ciclo vicioso.

Há várias pessoas que fazem um julgamentos errados em relação a relacionamentos abusivos, é dever do estado e dos meios de comunicação desenvolverem estudos e fazer com o que esse machismo oculto seja descoberto, é fazer com que relações abusivas sejam identificadas logo no início. O abuso começa no gritar, no empurrão, na agressão e termina na morte de uma pessoa. Isso deve ser evitado, o agravante dessa situação está demonstrado no número de vítimas, visto há uma inércia diante desse fato.

Lei

A Lei n.º 13.104/2015 entrou em vigor no dia 10/03/2015, de forma que se a pessoa, a partir desta data, praticou o crime de homicídio contra mulher por razões da condição de sexo feminino responderá por feminicídio, ou seja, homicídio qualificado, nos termos do art. 121, § 2º, VI, do CP.

Casos de feminicídio crescem 22% em 12 estados durante pandemia

Nos meses de março e abril, o número de feminicídios subiu de 117 para 143. Segundo o relatório, o estado em que se observa o agravamento mais crítico é o Acre, onde o aumento foi de 300%. Na região, o total de casos passou de um para quatro ao longo do bimestre. Também tiveram destaque negativo o Maranhão, com variação de 6 para 16 vítimas (166,7%), e Mato Grosso, que iniciou o bimestre com seis vítimas e o encerrou com 15 (150%). Os números caíram em apenas três estados: Espírito Santo (-50%), Rio de Janeiro (-55,6%) e Minas Gerais (-22,7%).

Disque 180 – Central de Atendimento à Mulher

Outro canal de entrada de denúncias é a central telefônica Disque-Denúncia, criada pela Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM). A denúncia é anônima e gratuita, disponível 24 horas, em todo o país.

(Carlos Deanhaiha, Folha de Dourados, com Lucas Rosentausk)

(Ilustrativa)

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