O Partido Liberal (PL) deve reunir integrantes da cúpula e das bancadas no Congresso na próxima semana para avaliar os estragos e como estão os palanques municipais. A iniciativa ocorre após a operação Tempus Veritatis ter exposto acusações contra o partido de disseminar mentiras e financiar atos golpistas.
A legenda tenta se reorganizar em meio à decisão da Justiça de proibir que o ex-presidente da República Jair Bolsonaro, o presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto e também o ex-ministro Walter Braga Netto conversem entre si.
Desde a operação, na quinta-feira passada (8), o partido não se reúne e não sabe como ficará a articulação interna.
No domingo (11), Costa Neto foi solto depois de ter passado quase três dias preso, o que trouxe mais alívio à legenda.
Preocupados com repercussões eleitorais negativas, alguns integrantes da legenda saíram neste feriado a campo para alinhar palanques municipais.
“Na política, a melhor resposta é na urna; o PL sairá enorme das urnas, e a perseguição está ajudando muito pra isso”, disse o deputado federal Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ), à CNN, durante visita a políticos do interior do Rio de Janeiro.
No Rio Grande do Sul, o deputado Giovani Cherini (PL-RS) disse que também está usando o feriado de Carnaval para tratar das eleições municipais entre os gaúchos.
Não perder o foco das eleições deste ano deve ser um dos destaques da reunião que integrantes do partido aguardam para semana que vem.
“O PL vai avaliar os desdobramentos da operação como partido, reunião sobre os próximos passos, depois de ter seu líder maior preso e solto. Precisamos de orientação”, disse o deputado Vermelho (PL-PR) à CNN.
Sob reserva, outro deputado respondeu que uma das principais dúvidas é saber como Valdemar fará para não conversar com Bolsonaro na sede do PL.
“Eles vão se encontrar no elevador, será que vai ter assessor pra dizer ‘espera que sobe primeiro um, depois sobe o outro’?”, indagou.
(CNN)