fbpx

Desde 1968 - Ano 56

22 C
Dourados

Desde 1968 - Ano 56

InícioBrasilMédica que raptou bebê em MG é mantida presa após audiência de...

Médica que raptou bebê em MG é mantida presa após audiência de custódia; suspeita alegou que estava grávida

A médica neurologista Claudia Soares Alves, de 42 anos, passou por audiência de custódia nesta quinta-feira, 25, e a Justiça manteve a prisão da mulher. A suspeita é acusada de se passar por uma pediatra e sequestrar uma bebê de três horas de vida do HC-UFU (Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia), em Minas Gerais – localizado a cerca de 535 quilômetros de Belo Horizonte (MG) – durante a noite da terça-feira, 23.

A mulher foi presa na manhã da quarta-feira, 24, em sua casa na cidade de Itumbiara (GO) – a cerca de 135 quilômetros da unidade de saúde, e segue detida no Presídio Feminino de Orizona. O delegado responsável acredita que o crime foi premeditado. As informações são do Jornal Anhanguera 1ª Edição, da TV Anhanguera, afiliada da TV Globo, e do Conexão GloboNews.

Em depoimento, Claudia Soares Alves alegou que estaria grávida, entretanto, a gestação ocorreu em 2020 e a mulher não teve o bebê. Em contato com o site IstoÉ, a Polícia Civil de Goiás pontuou que a suspeita passou por exames médicos e foi constatado que não há gravidez.

Ainda nessa quinta-feira, 25, a defesa da neurologista apresentou um documento dizendo que a mulher possui problemas psiquiátricos e toma vários remédios.

Quem é Claudia Soares Alves?

Médica que raptou bebê em MG é mantida presa após audiência de custódia; suspeita alegou que estava grávida                                                     A mulher é formada em Medicina com especialização em Neurologia e trabalhava em uma clínica de Itumbiara (GO) (Crédito: Reprodução/Redes Sociais)

Claudia Soares Alves é formada em Medicina pela UFTM (Universidade Federal do Triângulo Mineiro) e cursou pós-graduação na Famerp (Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto), além de se especializar em Neurologia. Nas redes sociais, a mulher alega que era docente na UEG (Universidade Estadual de Goiás) há cinco anos e conseguiu uma vaga como professora na própria UFU (Universidade Federal de Uberlândia), onde levou a bebê.

Em uma publicação em seu perfil no Instagram, que está desativado, Claudia afirmou que ser um neurologista não é apenas sobre diagnósticos e tratamentos, mas também em fazer a diferença na vida das pessoas. “Compartilhar meu conhecimento e experiência com os futuros médicos é uma responsabilidade e uma alegria imensa. A troca de ideias, as perguntas desafiadoras dos alunos, tudo isso me faz crescer e aprender constantemente”, escreveu a médica.

No restante da postagem, a neurologista celebra sua aprovação como docente na UFU para Mestrado e Doutorado. “É uma nova jornada, cheia de novos rostos, novas histórias e novos desafios, mas estou super empolgada para ver o que o futuro reserva”, concluiu a mulher, que é mãe de um adolescente que cursa o ensino médio.

O sequestro da bebê

Durante a noite desta terça-feira, 23, Claudia compareceu ao Hospital das Clínica da Universidade Federal de Uberlândia (MG) – localizado a cerca de 535 quilômetros da capital mineira – vestida como uma pediatra e com um crachá da instituição de ensino. No local, a mulher foi ao quarto dos pais da recém-nascida, que tinha apenas três horas de vida, e fez uma falsa consulta, pegando a bebê no colo e saindo do local alegando que iria alimentá-la.

Entretanto, a mulher deixou a unidade de saúde carregando a criança dentro de uma mochila amarela e entrou em um Toyota Corolla de cor vermelha, como mostram imagens de câmeras de monitoramento obtidas pelas autoridades.

Por meio da colaboração entre as Polícias Civis de Goiás e Minas Gerais, além da Polícia Rodoviária Federal, foi possível determinar que o veículo havia ido para Itumbiara, no endereço da clínica da suspeita. Uma foto tirada em um pedágio mostra Claudia na condução do automóvel.

De acordo com publicações nas redes sociais efetuadas pela delegada Lia Valechi, da Delegacia da Mulher de Uberlândia, Claudia alegou às autoridades que estava em surto. Antes de ser presa, a suspeita deixou a bebê com uma funcionária da clínica para tentar fugir.

No Corolla da neurologista, as autoridades goianas encontraram roupas de criança, sapatos e duas bolsas. Já na clínica da médica, a polícia encontrou recipientes com fórmula infantil, um carrinho, uma cadeirinha de transporte, banheira para bebês, uma piscina infantil, mais roupas, fraldas e produtos de higiene.

O que diz o Hospital das Clínicas

Em contato com o site IstoÉ, o HC-UFU declarou que “poucos instantes após o fato, a equipe do hospital acionou a Polícia Militar de Uberlândia e cedeu as imagens das câmeras de segurança requisitadas pela corporação”.

Ainda, o HC-UFU informou que colabora com as investigações e também abriu uma apuração interna na unidade de saúde para compreensão de todas as circunstâncias do ocorrido. “A instituição está à inteira disposição das autoridades e da família para a breve solução do caso”, concluiu a unidade de saúde.

Além disso, por meio de outro posicionamento, o HC-UFU pontuou que já iniciou um processo de apuração de responsabilidades e todas as tratativas cabíveis serão tomadas. Ainda, a instituição ressaltou o compromisso com o aprimoramento dos processos de trabalho e com os controles de acesso ao hospital.

Em nota enviado ao site IstoÉ, a Universidade Federal de Uberlândia falou sobre o caso.

“A Universidade Federal de Uberlândia (UFU) agradece as ações da Polícia Militar de Minas Gerais, Polícia Civil de Uberlândia e de Itumbiara e das(os) servidoras(es) do Hospital de Clínicas de Uberlândia (HC-UFU/Ebserh) que resultaram no resgate, com segurança, da criança recém-nascida subtraída nas dependências daquela unidade de saúde, na noite desta terça-feira, 23 de julho. A UFU manifesta sua solidariedade para com os pais da bebê, diante do intenso sofrimento causado e informa que todo suporte necessário a eles está sendo oferecido por nossa equipe do HC-UFU/Ebserh.

A acusada pelo crime, identificada pela Polícia Civil, é estudante regularmente matriculada no curso de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPCSA) e, recentemente, foi aprovada em concurso público e tomou posse como docente no curso de graduação em Medicina da Faculdade de Medicina da UFU.

A Universidade Federal de Uberlândia tomará, de imediato, as necessárias medidas administrativas e afirma seu compromisso no esclarecimento, apuração e responsabilização dos fatos ocorridos.

Conforme já informado pelo HC-UFU/Ebserh, protocolos de segurança do paciente estão sendo revisados para melhorar o atendimento e a segurança dos pacientes.”

(Istoé)

ENQUETE

MAIS LIDAS