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Debate da ACED, prazos, o amor acabou, beleza pura, Jateí, ronco no vizinho e Naviraí

Juca Vinhedo –

“Seria esquizofrênico, como presidente do TSE, me auto-oficiar. Como presidente, tenho poder de polícia e posso, pela lei, determinar a feitura dos relatórios”. (Ministro Alexandre de Moraes do STF, sobre a acusação de usar rito extraoficial no inquérito das fake News)

Mantendo a tradição

O presidente Paulo Roberto Campione está empenhado em manter a tradição da Associação Comercial e Empresarial de Dourados (ACED): como sempre faz em eleições municipais, a entidade promove mesas redondas entre os candidatos a prefeito da cidade. Desta vez, em parceria com a seção douradense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) está marcando, em conjunto com a Rádio Cidade FM, um debate previsto para o dia 14 de setembro – um sábado. Os detalhes serão definidos na semana que vem.

Tropa de choque federal

Os deputados federais sul-mato-grossenses alinhados com o bolsonarismo têm falado a mesma linguagem quando se trata de temas de interesse nacional. Desta vez Marcos Pollon, Rodolfo Nogueira (ambos do PL) e Luiz Ovando (PP) pretendem, junto com parlamentares de outros Estados, articular pedido de impeachment coletivo do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Terror dos candidatos

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, anunciou, nesta quinta-feira (15) que já está disponível na página do Tribunal na Internet a lista de pessoas com contas julgadas irregulares, para fins eleitorais, nos últimos oito anos. A lista foi disponibilizada na quarta-feira e é ferramenta essencial para que a Justiça Eleitoral defina quais candidatas e candidatos não estão aptos a disputar as Eleições Municipais de 2024.

Desgaste de bom tamanho

Mesmo com a negativa, já anunciada pelo presidente do Senado Rodrigo Pacheco, de pautar o pedido de impeachment de Alexandre de Moraes, os representantes da direita sul-mato-grossense no Congresso não vão perder a oportunidade de tentar desgastar, ao máximo, o algoz de Bolsonaro na maior corte do país.

Quem cedo madruga

A campanha à reeleição do prefeito Alan Guedes programou uma iniciativa inédita. Marcou um “adesivaço” para os primeiros minutos de amanhã (dia 16). Será a partir das 00h11 no Diretório do PP em Dourados. O convite diz: “Nós amamos Dourados! E por amor a ela, vamos mostrar nossa garra! Já se programa e vem!”

Ou eu, ou ela

A população de Jateí terá, nas eleições deste ano, apenas duas opções de voto para o comando do Município. Uma é do PSDB, com chapa pura, encabeçada pela vice-prefeita Cileide Brito e tendo como candidato vice o atual presidente da Câmara, Francisco “Tiquinho” Araújo. A outra, é liderada pelo PL, com o suinocultor Odair Pereira, tendo como vice Denilson Ramos, do PP. Denilson já foi vereador e candidato a prefeito por duas vezes, perdendo ambas.

Aqui, não!

Em Jateí, a união entre PL e PSDB, ao contrário do que foi acordado entre as lideranças nacionais do bolsonarismo e estaduais do tucanato, não vingou. O prefeito Eraldo Jorge Leite (PSDB), que por muitos anos rezou na cartilha do deputado estadual Londres Machado (PP), rompeu a parceria política. Como em Jateí o PL está coligado com o PP, faltou “liga” para as estratégias pensadas pelos bolsonaristas e tucanos de alta plumagem.

O ronco é no vizinho

Muita gente acordou na manhã desta quinta-feira (15) com o ronco de helicópteros sobrevoando casas em diversos bairros de Dourados. O barulho foi resultado de operação realizada por forças de segurança pública no combate ao tráfico de drogas. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em 10 bairros. Pelo menos 50 policiais das forças de segurança estiveram envolvidos, além de dois helicópteros da PRF.

Prazos legais

A partir desta quinta-feira os cartórios eleitorais e as secretarias dos tribunais eleitorais devem permanecer abertos aos sábados, domingos e feriados. Hoje também é a data-limite para que os partidos providenciem a abertura de conta bancária específica destinada ao recebimento de doações de pessoas físicas para a campanha eleitoral, na Caixa Econômica Federal, no Banco do Brasil ou em outra instituição financeira.

O amor acabou

O ex-secretário de Desenvolvimento Econômico de Naviraí, Eugênio de Almeida Guedes (tio do prefeito de Dourados, Alan Guedes) agora está em campanha oposta à sua ex-chefe, a prefeita Rhaiza Matos (PSDB), candidata à reeleição. Em recente fala na convenção do PP naquela cidade, Guedes, que é ligado politicamente ao atual prefeito Márcio Araguaia, chegou a pedir desculpas por ter apoiado a prefeita. Guedes está apoiando, agora, o candidato a prefeito, atual vereador Rodrigo Sacuno (PL).

Quarteto em Naviraí

Com o deferimento da candidatura do vereador Rodrigo Sacuno (PL) para prefeito e da vice Telma Minari (União Brasil), Naviraí registrou quatro chapas majoritárias nas eleições deste ano. Delas, três são de oposição à atual prefeita Rhaiza Matos (PSDB), que concorre à reeleição tendo como vice Zelmo de Brida (Republicanos). Também concorrerão: Zé Roberto e Joana da Silva (chapa pura do PT); e Jurandir dos Santos e Alexandro da Contabilidade (chapa pura do Partido Novo).

Saindo na frente

Enquanto em Dourados o PRD (Partido Renovação Democrática) desistiu de candidatura própria a prefeito, a maior liderança em âmbito estadual, senador Delcídio do Amaral, será candidato a prefeito em Corumbá. Delcídio, inclusive, já elaborou seu plano de governo, que também já foi divulgado em grupo de WhatsApp daquela cidade. Muito bem produzido, por sinal.

Estética urbana

O ex-vereador Marcelo Barros, filho da candidata a prefeita, empresária Bela Barros assumiu essa semana a presidência municipal do PDT. Ele, juntamente com alguns simpatizantes da candidata, deverá ser um dos coordenadores da campanha em Dourados. Segundo Marcelo, até aqui, a pré-campanha seguiu em ritmo de “beleza pura”.

BASTIDORES DO PODER

Fernando Collor de Mello: o presidente da autoconfiança

O ex-governador de Alagoas, conhecido como “caçador de marajás”, acreditava tanto no poder conquistado nas urnas, em 1989, que autorizou, logo no primeiro ano de governo, um plano econômico que confiscou a caderneta de poupança dos brasileiros em uma fracassada tentativa de conter a hiperinflação, que superava os 1.000% ao ano.

Ao ser alertado na época, pelo então deputado federal Ricardo Fiúza, sobre o risco do isolamento político, Collor respondeu de forma característica: “Eu me isolo, sim, principalmente dos chatos”. Em uma palestra no Rio de Janeiro, chegou a classificar a classe política como uma “pocilga” e não poupou palavrões quando provocado sobre os colegas de profissão. Esse era o estilo Collor. (Marcus Lopes, na Revista Problemas Brasileiros, em resenha do livro “O que vi dos Presidentes – Fatos e Versões, de Cristiana Lôbo).

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