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Jovem faz sucesso no TikTok com galinhas gigantes que botam ovos de R$ 800 a dúzia

Guilherme Bueno tem apenas 20 anos de idade e cria desde os 13 galinhas gigantes da raça índio em sua casa na cidade de Cruzeiro, interior de São Paulo. Há poucos meses, o jovem começou a ver a criação como um negócio e passou a comercializar os animais e seus ovos férteis.

“Eu sempre levei muito como um hobby, e este ano que eu comecei a enxergar potencial como negócio”, diz Bueno.

As aves adultas são vendidas por cerca de R$ 2 mil, mas em leilões essas aves chegam a ser arrematadas por até R$ 10 mil. Já os ovos são vendidos por R$ 800 cada dúzia.

Apesar do desejo recente de profissionalização, o jovem já possui a dois anos contas no TikTokInstagram e Youtube que, somadas, chegam a cerca de 105 mil seguidores e mais de 4 milhões de visualizações. Os vídeos já chamaram a atenção até de um fazendeiro do Kuwait, que veio ao país para conhecer os bichos e estuda uma maneira de levar um para seu país.

O galinheiro do jovem empreendedor conta hoje com 50 aves. Na criação, há um galo reprodutor e dez “matrizes” (nome dado pelos produtores às galinhas férteis). Por semana, são produzidos aproximadamente 12 ovos férteis.

Com o negócio no começo, Guilherme Bueno já vendeu este ano o equivalente a dois meses de sua produção de ovos e algumas unidades de animais nascidos, com receita de R$ 13 mil. Em todos os anos, seus ganhos já chegaram a cerca de R$ 35 mil.

Criadas no Brasil através de uma longa trajetória de melhoramento genético, as aves podem chegar a medir 1,35 metros.

Como funciona o negócio das galinhas gigantes

Bueno explica que as pessoas buscam as aves para servirem de enfeite ou animal de estimação. “A Galinha Índio se tornou ornamental, é como se você tivesse uma coleção mesmo”, diz.

As aves avaliadas como excepcionais costumam ser levadas para leilão. Os animais disponibilizados para lances são os mais valorizados segundo as características da raça buscadas pelos produtores.

“Seria o tamanho, hoje o padrão é 1,05m para macho e 0,95 para fêmea. E a gente busca um bico mais grosso, uma cabeça mais larga, a gente busca a proporcionalidade da ave, de pescoço , dorso, pés. E a genética, se ela tem bom pai e mãe”, diz Bueno sobre o que define os bichos mais valiosos.

Os leilões são organizados pelos próprios produtores através de grupos de WhatsApp. Guilherme Bueno integra um com mais de 800 fazendeiros.

Os bichos que com quatro meses de idade demonstram que não atingirão as características necessárias são chamados de “descarte” e vendidos para o abate. “Tem um mercado muito bom, porque é um tamanho maior do que um frango caipira, tem uma carne mais macia”, diz Bueno.

A venda dos animais também tem uma época. Devido ao ciclo de reprodução das aves, elas só são comercializadas do começo até a metade do ano. No segundo semestre, produz-se e vende-se apenas os ovos férteis.

A história de Guilherme Bueno

“Eu comecei mais de curioso, até porque eu tinha 13 anos. Juntei meu pouco dinheirinho para comprar uma ave”, conta Bueno. O animal custou R$ 100. “No final das contas era na verdade um descarte da raça, não tinha atingido o padrão.”

Comovido pelo interesse de Guilherme pelos animais, outro produtor deu de presente a ele uma galinha índio autêntica. A partir dali, ele aumentaria lentamente sua produção, sempre acompanhado de muito estudo.

“As maiores dificuldades é que no começo tem que ter muita atenção para fazer seus investimentos, porque tem muita oferta no mercado. Tem que tomar cuidado, procurar informação, para não comprar gato por lebre”, diz.

O plano agora é montar em sociedade com o sogro, Luiz Fernando, um criadouro com outras espécies de aves, além de porcos. “A gente está fazendo os investimentos em infraestrutura e animais, para em breve poder vender só isso”, diz. Por ora, o rapaz trabalha também em uma loja de agropecuária.

(DinheiroRural)

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