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‘Uma mulher preta na Câmara Municipal de Dourados’, por Erminio Guedes

Erminio Guedes – Consultor –

Nada além da democracia, na representação das classes sociais, na política municipal. Mulher votar em mulher, pretos, indígenas e mestiços votarem nos iguais, trabalhadores em trabalhadores e pobres em pobres, pelo sagrado princípio da igualdade. Sem mais hipocrisia da supremacia branca, de preto na senzala e pobre na enxada.

Suely Rocha (PT), professora preta e pobre, poderá quebrar a lógica da representação na Câmara Municipal. Tudo indica que Suely vai virar a segregação do Apartheid, não só pela cor da pele, mas também na condição social, de quem manda e de quem está obrigado a obedecer.

“Tudo indica que Suely vai virar a segregação do Apartheid, não só pela cor da pele, mas também na condição social”

A maior dificuldade é que pobre (preto, indígena e mestiço) vota em ricos e branco, como se fossem iguais. Ledo engano, são diferentes no capital, pensam e agem para si, antes dos outros. Vejamos, os eleitos pelos excluídos se governam para o andar de baixo? Querem a prova do que estou falando? Quantos parlamentares municipais, estaduais, federais, governadores e presidentes, foram eleitos pelos excluídos e quem eles representam? Olhem a composição na Câmara Municipal, sem nenhuma pessoa preta, nenhum indígena e poucas mulheres.  Ou seja, não existe representação da maioria no legislativo e, como isso, anda numa perna só, governando para si e não para os douradenses. Concordar com a situação é validar a supremacia branca e rica na política.

“A maior dificuldade é que pobre (preto, indígena e mestiço) vota em ricos e branco, como se fossem iguais”

Confiram as leis municipais, favoráveis aos que têm e contrárias aos que nada ou pouco têm para sobreviver. Verifiquem as políticas públicas, que deveriam ser igualitárias, mas não são. O IPTU pesa mais nos pobres, o saneamento básico, da mesma forma, com a taxa do lixo, no lombo dos pobres. A educação desregulou pelo militarismo, numa espécie de vingança social e a saúde está em coma, na UTI. Pessoas moram em baixo de lona.

“O IPTU pesa mais nos pobres, o saneamento básico, da mesma forma, com a taxa do lixo, no lombo dos pobres”

Tudo errado e precisa mudar. Parece persistir uma síndrome da escravidão. Respondam, que município é este, machista e racista até a medula, intolerante e discriminador? Porque Dourados mata indígenas e mantém na miséria perto de 35% da sua população? Seria diferente, afinal mais de 70% dos eleitores são pobres e mais de 50% do eleitorado é formado por mulheres. Até aqui. mulheres e pobres, só são úteis como massa de manobras, para mantar coronéis ou alguém a seu serviço, no poder.

“Porque Dourados mata indígenas e mantém na miséria perto de 35% da sua população?”

Suely (PT), está perto de se tornar a primeira vereadora preta, pobre e de coragem, para enfrentar a absurda gestão pública, apaixonada pela com concentração da renda e pela desigualdade.

Prioridade à ponte do futuro, através da educação, capaz de melhorar a vida das pessoas. Desanestesiar a saúde, para que atenda as famílias. Também, dar moradia a quem não tem proteção e segurança no teto da própria casa.

Pensem nisso!

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