O coronel Ricardo Mello Araújo, vice na chapa com o prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), foi investigado ao menos oito vezes por homicídio enquanto atuava na Polícia Militar.
A campanha do prefeito diz que todos os casos foram arquivados pela Justiça ainda nas fases de investigação e defendeu o candidato a vice.
Mello Araújo foi comandante da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) e, em 2020, foi nomeado diretor-presidente da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL). Para as eleições municipais de 2024, o ex-mandatário indicou o coronel para ser vice de Nunes.
Entre os anos de 1992 e 2006, Mello Araújo respondeu a oito IPMs (Inquéritos Policiais Militares) pelo artigo 205 do Código Penal Militar, que trata de homicídio simples e possui pena de reclusão de seis a 20 anos. Antes de remeter as apurações à Justiça Militar Estadual, a corporação concluiu que houve indícios de “possível existência de crime militar”.
A Justiça Militar afirmou que os três primeiros processos contra Mello Araújo foram arquivados e os outros cinco, remetidos ao Tribunal do Júri, na Justiça comum, entre os anos de 2002 e 2007. Não foi possível saber detalhes sobre as supostas vítimas e as circunstâncias em que teriam ocorrido os crimes.
Questionada, a campanha de Nunes negou as investigações contra o vice, e destacou que “todas as ocorrências de que o coronel Mello Araújo participou quando estava na PM foram consideradas corretas e não motivaram a abertura de nenhum processo judicial”.
*Com informações do Estadão Conteúdo