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Desde 1968 - Ano 56

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Os 66 anos da Picadinha, por José Tibiriçá Ferreira Martins

Antes a região era chamada de Picada do Romualdo. O Distrito foi criado através da lei número 1.159 publicada no dia 18 de novembro de 1.958, passando a ser nominado de Picadinha. O acesso ao Distrito através da lei municipal número 2.612 do dia 17 de novembro de 2.003 passou a chamar-se Rua Abílio Ferreira.

O primeiro imóvel de alvenaria ali construido foi uma escola que levou o nome de Escola Coronel Ramiro de Noronha, uma homenagem ao governador do Território Federal de Ponta Porã. O prédio foi construído em área particular do sr. Geraldino Neves Corrêa, morador da região.

Em 1961 tomou posse como governador da UDN o médico cuiabano Fernando Corrêa da Costa, avô da senadora Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias. A pedido de aliados udenistas que deixo de citar os nomes em respeito aos seus familiares, exonerou meu pai que era titular do cartório de registro civil, reintegrado por ser concursado. A professora Maria de Lourdes Silva, (in memoria), mudou-se para Fatima do Sul onde ficou um bom período até retornar após mudança de governo estadual.

Doroti Martins Ferreira, 87 anos, minha irmã mais idosa passou a lecionar na escola municipal, hoje aposentada, mora próximo da Vila Duque de Caxias. A escola estadual ficou fechada por um tempo.

O Municipio de Dourados que era governado pelo PTB, aliado do PSD do qual meu pai era integrante e companhado da líder petebista, dona Alely Torraca de Matos, carinhosamente chamada de vó Lili procuraram o Sr. Vivaldo de Oliveira e expuseram a situação. Ele numa canetada criou ao lado da referida escola numa área da prefeitura uma nova escola de construção de madeira que passou a se chamar Escola Rural Mista da Picadinha.

No governo municipal, primeiro mandato de João Totó Câmara o prédio do estado foi encampado pelo município e voltou a funcionar. No dia de 9 dezembro de 1.988 o prédio do imóvel de 5.000 m2 (cinco mil metros quadrados) foi regularizado junto ao registro de imóveis de Dourados, conforme escritura de doação outorgada pelo sr. Geraldino Neves Correa e sua esposa. Alguns meses depois recebeu o nome de Escola Geraldino Neves Corrêa. Neste mandato a prefeitura de Dourados está executando uma obra no fundo da escola com vestiário e quadra de esporte substituindo a anterior.

A economia do Distrito se baseia na agropecuaria, sendo o seu forte a agricultura. Meu pai chegou ali na década de 1940, adquiriu uma propriedade de 35 hectares que leva o nome de São João e Penha. Idealizou dois loteamentos, o primeiro em 1960 denominado de Vila Leonópolis e em 1989 a Vila Duque de Caxias na saida para Itahum. Há alguns anos atrás idealizei outro que leva o nome de Mata de Lobos, nome da Freguesia portuguesa onde meu pai nasceu, foram vendidos cerca de 20 lotes que estão em fase de regularização.

Depois de muitos anos de luta conseguimos junto ao Governo do Estado o tão sonhado asfalto através de uma emenda do deputado estadual, hoje o vice governador José Carlos Barbosa, carinhosamente chamado de barbosinha, sendo nosso grande parceiro o sr. Junqueira, proprietário de uma pedreira na região. Quem faz muito tempo que não vai ao distrito terá uma bela surpresa pelo novo visual.

Ontem estive lá e tirei umas fotos da entrada de quem vem de Itahum, acesso pela Vila Duque de Caxias e de quem vindo de Dourados adentra o distrito para chegar à Vila no percurso hoje denominado de Avenida Abílio Ferreira.

Dourados-MS, 17 de novembro de 2024.

(*)- José Tibiriçá Martins Ferreira, advogado e produtor rural.,

Os 66 anos da Picadinha, por José Tibiriçá Ferreira Martins
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Pai do José Tibiriçá Martins Ferreira
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