José Henrique Marques –
A Academia de Letras do Brasil – Seccional Dourados (ALBD) empossou cinco novos membros em noite cultural na Câmara Municipal de Dourados. O evento, realizado na quarta-feira (27), também oficializou a titularidade ad eternum do escritor Ilson Boca Venancio na Cadeira 2 da entidade.
Sob a presidência da poetisa Odila Schwingel Lange, a mesa foi composta pela editora Mara Calvis (acadêmica da ALB/MS, representando a presidente Nena Sarti), o assessor especial da Prefeitura, Ademar Zanata (representando o prefeito Alan Guedes), a professora Isabel Cristina Pereira Dias (representando a Semed), o presidente da Academia Douradense de Letras, Marcos Coelho, e por Paulo César Branquinho, procurador do Estado aposentado, governador do Distrito 4470 de Rotary Internacional, do ano rotário 2023-24, e membro da Academia Brasileira Rotária de Letras de Mato Grosso do Sul (Abrol/MS).
Tomaram posse os professores Carlos Vinícius da Silva Figueiredo e Luciano de Oliveira, os jornalistas Marcos Morandi e Valéria Araújo e o sacerdote Willian Girassol.
A noite cultural teve as performances dos músicos de Ivinhema, Gean Euzébio da Silva (piano), Poliana (violino) e Carlos (violão), do poeta e performista de Corguinho, Ruberval Cunha e dos artistas de Dourados, João Martinelli (voz e violão) e da dupla Rilvan Daniel Barbosa e Katherine Pederiva (dança – tango). O músico Odair Vilela foi o mestre de cerimônia.
Para realizar o evento a ALBD teve apoio da Câmara Municipal da Dourados, da UFGD, do Hotel Bahamas e do Residencial Wave.
Logo após a cerimônia na Câmara Municipal, os convidados foram recepcionados na Pousada Girassol do novo acadêmico Willian Girassol.
Quem são os novos membros da ALBD:
Carlos Vinícius da Silva Figueiredo – (Cadeira 27 – Patronesse Flora Thomé) – Professor de Língua Portuguesa e Língua Inglesa do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul Campus Dourados. Doutorado em LETRAS pela Universidade Presbiteriana Mackenzie com pesquisa realizada na Texas University em Austin-Estados Unidos. Mestrado em LETRAS pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Graduação em LETRAS pela UFMS/CPTL. Magistério pelo Centro Específico de Formação e Aperfeiçoamento do Magistério- CEFAM-JALES. Integrante do Programa de Estágio Brasil-Canadá em Educação Profissional e Pesquisa Aplicada em parceria com a Association of Canadian Community Colleges (ACCC) com período de estudos no Institute of Arts and Technology do Seneca College (Toronto – Canadá). Tem experiência na área de Gestão Escolar e de Letras, com ênfase em Gestão de pessoas, Ensino de Língua Inglesa, Literatura, Estudos Culturais e Estudos da Subalternidade, atuando principalmente nos seguintes temas: gestão escolar, educação profissional, subalternidade, fronteira, Clarice Lispector e Gloria Anzaldúa. Diretor de Ensino, Pesquisa e Extensão do IFMS Campus de Coxim (2011-2014). Diretor Geral do IFMS Campus de Dourados (2014-2023). Membro titular do Fórum Municipal de Educação de Dourados-MS. Professor do Programa de Mestrado em Educação Profissional e Tecnológica do IFMS. Autor do livro: O direito ao grito: a hora do intelectual subalterno em Clarice Lispector. Atualmente é Secretário de Educação do Município de Dourados-MS
Luciano de Oliveira – (Cadeira 28 – Patrono José Pereira Lins) – Possui graduação em Letras, Licenciatura Plena, com habilitação em Língua Portuguesa e Língua Inglesa e respectivas literaturas. Licenciado em Pedagogia. Pós-graduação em Língua Portuguesa e Literatura. Pós-Graduado em gestão Escolar: Organização escolar e Trabalho Pedagógico pela UEPG. Mestrado em educação pela UEPG. Doutorado em Educação pela UNICAMP.
Valéria Araújo – (Cadeira 29 – Patrono Jornalista Rangel Torres) – Jornalista graduada pelo Centro Universitário da Grande Dourados (UNIGRAN). Especialista em Marketing, Novas Mídias e Redes Sociais pelo Centro Universitário de Araraquara (UNIARA). Tem diversos cursos de aperfeiçoamento nas áreas de Assessoria de Imprensa, Marketing e Marketing Político pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Curso de correspondente de guerra pelo Exército Brasileiro e prêmios de jornalismo concedidos pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, OCBMS e Câmara de Vereadores. Atuou nos jornais Dourados News, Dourados Agora e Jornal O Progresso. Atualmente é apresentadora do Programa Semear MS da TV Rit e repórter do Programa Espaço Aberto e A Hora da Verdade na Rádio Grande FM.
Marcos Rezende Morandi – (Cadeira 30 – Patrono Jornalista César Cordeiro) – Licenciatura em Filosofia pelas Faculdades Unidas Católicas Dom Bosco; Bacharel em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul(UFMS). Mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional pela Universidade para o Desenvolvimento do estado e da região do Pantanal. Professor pela UFMS. Professor no curso de Jornalismo da Faculdade Estácio de Sá em Campo Grande. Coordenador do Curso de Comunicação Social e membro do Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão da UNIDERP (CONEP). Atuou na Assessoria de Imprensa da Arquidiocese de Campo Grande. Reporter do Jornal Correio do Estado, do Jornal Gazeta Mercantil, foi chefe de reportagem da TV Educativa de Mato Grosso do Sul. Assessoria de Imprensa da Secretaria Estadual de Educação e Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Campo Grande. Diretor Adjunto e Membro do Conselho Editorial da Editora UNIDERP. Demais trabalhos na área de Assessoria de Imprensa e Projetos Especiais. Atualmente é correspondente do Jornal Midiamax, em Dourados.
Willian Girassol – (Cadeira 31 – Patrono Ilson Venancio) – Sacerdote, Cantor e Compositor, Empresário e Youtuber. Sacerdote do Complexo Cultural Templo Girassol. Possui 10 obras fonadas e 16 obras escritas. Proprietário do Templo Girassol que engloba um conjunto de construções, incluindo dois templos cobertos, um templo subterrâneo, um templo aberto e um castelo, recoberto de pedras de yangui, com antiguidades que compõe o espaço do museu. O complexo de templos é cercado por jardins e fontes, plantas e arvores sagradas para as religiões de matriz africana como o akokô e a jurema preta. Em meio as plantas e jardins abriga o museu a céu aberto onde se encontram 50 imagens com 3m de altura, representando os orixás e guias sagrados da Umbanda que formam um patrimônio em homenagem a fé espirita e cultura brasileira.
Coube a jornalista Valéria de Araújo proferir o seguinte discurso em nome dos novos membros da entidade:
Ilustríssima presidente da Academia de Letras do Brasil – Dourados/MS, Odila Lange, minha estimada madrinha,
Excelentíssimo Senhor Laudir Munaretto, Presidente da Câmara Municipal de Dourados, no qual cumprimento os demais vereadores
Distintos representantes de outras academias,
Autoridades aqui presentes,
ilustríssimos acadêmicos, convidados, senhoras e senhores:
Com o coração transbordando de emoção e gratidão, recebo, em nome de todos os acadêmicos que hoje tomam posse, o privilégio de falar nesta noite memorável. Este momento é mais do que uma celebração; é um pacto com o legado da literatura, com a cultura que nos define e com o futuro que queremos ajudar a moldar.
Primeiramente, expresso nosso profundo agradecimento à Comissão de Avaliação e aos acadêmicos que nos confiaram a honra de integrar esta Casa. Estar aqui hoje é testemunhar a força das palavras, o poder das ideias e a chama da arte que ilumina a alma de nossa cidade.
A Academia de Letras do Brasil – Dourados/MS é um testemunho da audácia de sonhar. Fundada em 24 de novembro de 2022, em meio aos desafios de uma pandemia que paralisava o mundo, a ALB nasceu do ímpeto visionário de uma mulher extraordinária: Odila Lange. Com coragem, paixão e uma dedicação incansável, ela não apenas plantou a semente desta academia, mas também a cultivou com mãos firmes e coração generoso, enfrentando desafios diários para que este sonho florescesse.
Odila, sua ousadia é uma inspiração para todos nós. A senhora nos mostra que a literatura não é apenas um refúgio, mas um farol que guia, transforma e liberta.
A Academia de Letras do Brasil – Dourados MS, mesmo recém criada, há dois anos, já se afirma como um pilar da cultura em nossa cidade. Projetos como o Antonieta de Barros, que levou a leitura e a escrita às escolas municipais, premiando professores e incentivando mentes criativas, demonstram o compromisso desta academia com a transformação social e o resgate da dignidade cultural.
Para nós, novos acadêmicos, esta posse não é apenas um título: é uma missão. Somos agora guardiões do patrimônio literário que nos foi legado.
Mas não podemos esquecer que, como acadêmicos, somos também guardiões do legado dos grandes mestres que nos precederam. José Passos Rangel Torres, meu patrono; Wilson Venâncio Boca, patrono de Willian Girassol; Paulo Rigotti, patrono de Carlos Vinícius da Silva Figueiredo; Cesar Cordeiro, patrono de Marcos Morandi; e José Pereira Lins, patrono de Luciano de Oliveira, são alguns dos ilustres imortais que inspiraram gerações com suas palavras e paixões. Devemos continuar a honrar suas memórias, mantendo viva a chama da literatura brasileira e protegendo nosso idioma contra o esquecimento.
A ALB-Dourados é mais do que uma instituição; é uma voz que ressoa diversidade, inovação e resistência. É um espaço onde ideias florescem, histórias ganham vida e a arte encontra sua morada.
Ao olharmos para o futuro, visualizamos uma academia adaptada às demandas do mundo contemporâneo, que abraça as novas formas de expressão literária sem jamais perder de vista suas raízes. Que sejamos a força que inspira e o espaço que acolhe, iluminando caminhos com nossas palavras.
Finalizo com uma reflexão de Platão, que ecoa a essência de nossa missão:
“A alma é imortal e, ao buscar a verdade, alcança o conhecimento mais elevado.”
Que nossa academia seja um farol eterno, irradiando saber, arte e inspiração para gerações futuras. Que continuemos a escrever as páginas que farão do Brasil um país cada vez mais iluminado pela cultura e pela literatura.
Muito obrigada!
Esse foi o primeiro evento oficial da ALBD depois da morte do multiartista Ilson Boca Venancio, ocorrida em 26 de julho, aos 71 anos, de complicações cardiorrespiratórias. Ele era membro fundador e foi homenageado através da secretária da entidade, Ilsyane Kmitta, que escreveu e leu o seguinte texto:
- Homenagem da Academia de Letras do Brasil-Dourados a Ilson Venancio – Por Ilsyane Kmitta
Iniciamos esse texto com Fernando Pessoa, que sabiamente escreveu” o poeta é um fingidor. Finge tão completamente, que chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente.” E nesse compasso, enquanto aprendizes da escrita poética, trazemos a dor que deveras sentimos com a sua tão inesperada partida. Não apenas os confrades e confreiras, mas certamente todos aqueles e aquelas, que embebidos de poesia e cultura, lamentam sua partida repentina. E perguntamos: o que é ser um imortal?… talvez descobriremos tardiamente … posto que a morte dos gênios nada mais é do que a natureza fazendo o trabalho de colheita dos melhores frutos. O fato é que aqueles que sempre acreditamos serem imortais, não o são…
Bertold Brecht afirmava veementemente que “Há homens que lutam um dia, e são bons; há outros que lutam muitos dias, e são muito bons; há homens que lutam muitos anos, e são melhores; mas há os que lutam toda a vida, esses são os imprescindíveis!” Você caro Ilson Venancio, foi imprescindível. E vou lhe dizer o porquê.
Aqui, peço licença, falo por mim… o ano era 2006 e como estagiária do museu que funcionava nas dependências da antiga prefeitura municipal, me deparava semanalmente com um senhor de finos traços, de inteligência aguçada e de um conhecimento descomunal sobre cultura e história local. Encantada com sua presença no museu, tentava colher o máximo de informações possíveis sobre a nossa história. Ele falava calmamente, sem atropelos, sem a pressa do sair e deixar a conversa perdida no ar ou, como dizemos, pela metade.
Passou o tempo e meu contrato como estagiária se findou, para minha surpresa, encontrei-o tempos depois, em uma reunião para discutir os rumos da política em Dourados. Parecia que o tempo não havia passado e as conversas seguiam no mesmo teor: educação, história e cultura e sua importância para uma sociedade mais igualitária e justa. Foram longas conversas, risadas e também desencontros.
Por essas e outras razões, certamente todos que aqui estão, e todos que conviveram com o Boca, tiveram o privilégio de ouvir, questionar, e refletir sobre muitos temas e problemáticas que abarcam nossa cultura, a arte, a educação, a política…. desfrutar da sua paixão pelo teatro de rua. E perceberam, que aos poucos todos se aproximavam desse senhor que, historiador nato, era mestre na arte do narrar a história e de conduzir-nos pelos caminhos da cultura.
Muitos confrades e confreiras que encontraram com Ilson Boca nas reuniões da ALB se afeiçoaram pelo seu jeito simples, calmo de falar e expressar suas opiniões e argumentos, sempre com muita cautela, sem atropelos. Foram muitos planos e conversas sobre a importância de sermos operadores da transformação que queremos para nossa sociedade. Falando do teatro de rua e o quanto essa pequena ação tem o poder de levar a cultura e o conhecimento para as nossas periferias, escolas e espaços de cultura e arte.
Seus livros, muito bem escritos e preparados com esmero, sempre baseados na escuta e no respeito ao seu interlocutor, leva-nos a um passeio aconchegante pela memória e pela história das pessoas e da cidade, da feira livre, e…o que nunca poderia faltar: os passeios pelo seu quintal nos Altos do Indaiá.
Enquanto membro fundador da ALB, foi seu primeiro vice-presidente, ocupando a cadeira 2, cujo patrono escolhido foi Manoel Lourenço Gonçalves. Nas reuniões da ALB, suas colocações sempre pertinentes, com inteligência, ética e respeito. Ilson Venancio foi o grande mestre na arte da observação e das ponderações nos momentos tensos. Muitos foram os momentos de integração, de riso, daquele pão de queijo perfeito para nosso lanche, de seu sorriso largo e gentil.
Sempre segredava que, nos lugares por onde passava, muitos não tinham paciência em ouvir, pois estavam perdidos em seu egoísmo e não tinham tempo para refletir sobre as informações recebidas e o conhecimento como um todo. Confessou certo dia que algumas pessoas tinham uma única preocupação: estar em evidencia, e com isso não aprenderam a apreciar um bom espetáculo de teatro, um filme, uma música, a boa culinária, um bom livro.
Sempre repetia que, ao mesmo tempo em que se anuncia quase de forma unânime que a cultura e a educação são o principal instrumento de desenvolvimento do país, lamentava que cada vez menos é dada à cultura, na prática, a sua devida relevância. Hoje, refletindo sobre esses diálogos, é possível compreender que inconscientemente estava entronizado nele o que nós historiadores conhecemos como consciência histórica.
Suas falas cadenciadas e críticas faziam refletir sobre a época em que vivemos, a da superficialidade ou do “mundo liquido” de Zigmund Baumann e, do quanto são fugazes as discussões e os diálogos diante da difusão das redes digitais. Alertava para a necessidade de problematizar qualquer questão que propiciasse o aprendizado, especialmente sobre o nosso passado enquanto país do futuro que nunca chega, e que é por meio da contestação da memória estabelecida pelas tradições que podemos edificar o presente com dignidade e igualdade de direitos.
Falava da nossa existência nessa teia chamada vida, que forma a dinâmica social desse bem viver, seja nas artes ou seja no mundo, o que nos leva à pedagogia do esperançar seguindo nos passos de Paulo Freire.
Por essa razão meu caro Boca, podemos dizer que um escritor, um memorialista, não se forja na academia. Por vezes ele é forjado pela vida, no entretecer das historicidades que preparam sua trajetória, de modo que seja a fonte de informação, a fonte que propiciará a escrita da história através da sua mais nobre arte, a arte da escuta, do narrar os fatos e ser o guardião da memória.
Já falamos em mestres da vida, em tesouros humanos vivos, mas hoje falamos de um imortal, o primeiro imortal da Academia de Letras do Brasil/Seccional Dourados, que deixou-nos o legado da humildade e da escuta.
Grande Boca!!! Assim era chamado. Hoje você é homenageado e queremos que saiba que em outras vezes o faríamos, pois assim como aprendemos com a História, aprendemos também que o tempo é o nosso interlocutor, é ele que nos dá o parâmetro para dimensionarmos o nosso saber e o nosso compromisso com a mudança social através da arte, da educação e da cultura.
Hoje olhamos para a cadeira dois e ela está vaga… e entendemos que hoje você é imortal, e a cadeira dois recebe o seu nome: Ilson Venancio, escritor e estudioso da cultura douradense.
Com isso o que podemos dizer: Gratidão Boca por nos ensinar a sermos mais humanos, cultos e livres.
Ilson BOCA Venancio Presente!
- Discurso da presidente Odila Schwingel Lange
Boa noite senhoras e senhores
Saúdo as autoridades presentes
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Agradeço a presença de todos
E digo solenemente
São vocês que me incentivam
A ir sempre tocando em frente!
Como presidente da ALB/Dourados
Me sinto muito agradecida
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Ao ver esta casa cheia
Com gente muito querida
Que veio aqui prestigiar
Esta posse tão concorrida!
Agradeço ao presidente Laudir
Por nos ceder este espaço
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A Câmara é a casa do povo
Esta é a leitura que faço
Para fazer estes versos
Peguei as rimas no laço!
Saúdo a todos meus pares
E os que hoje foram empossados
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Desejando aos novos confrades
Que seja de seu agrado
Que venho falando em versos
Para dar conta do recado!
Também quero agradecer
A todos estes artistas
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Que abrilhantaram a noite
Com sua arte bem mista
E digo com muita honra:
A arte é sempre benquista!
Agradeço a UFGD
Por nos ceder o Vilella
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Que como cerimonialista
Sempre pinta boa tela
Ele vai com clareza aos fatos
Nãos gosta de fazer balela!
Um abraço para ti, Odair Francisco
Meu amigo do coração
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Que está sempre disposto
A prestar colaboração
Pois a arte nos uniu
Somos a letra e a canção!
E faço uma referência especial
Ao meu confrade Rubinho
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Que viajou por muitas horas
Transpirando pelo caminho
Enfrentando um quente busão
Ele veio lá de Corguinho!
Ruberval Cunha, um poeta
Que conheço de longa data
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A poesia nos uniu
E esta união não desata
Veio abrilhantar esta noite
Sem exigir vintém ou pataca!
Assim também o Gean Euzébio
Que veio lá de Ivinhema
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Transportando seus instrumentos
Que toca sem dó ou pena
Veio de longe para mostrar
Que a música sempre vale a pena!
Ao Rilvan e à Katherine
Agradeço imensamente
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Para nos agraciar com este tango
Ensaiaram exaustivamente
Para homenagear nossos hermanos
Uniram o corpo e a mente!
Oe ao João, nosso menino prodígio
Rei da voz e violão
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Dou um abraço apertado
Do fundo do coração
Ele nunca se faz de rogado
Está sempre à disposição!
Agradeço, também ao Tim
Nosso comandante do som
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Ele é um especialista
E sabe bem dar o tom
Todo mundo gosta de ouvi-lo
Na padaria Pão Bom!
Agradeço ao Carlos e à Poliana
Musicistas de grande valor
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Com seus instrumentos bacanas
E embutidos de amor
Encheram-se de melodia
Cantando a paz e o amor!
Enfim falo dos empossados
Que vieram para somar
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Fazer parte de uma Academia de Letras
Não é só vir e se fardar
Tenho certeza que vocês
Muita honra irão me dar!
Muita gente nem imagina
O que é uma Academia
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Pensam que fazer parte de uma
É ter brilho e honraria
Ninguém sabe das agruras
Que enfrenta uma confraria!
Que todos vocês néos acadêmicos
Se preparem para a labuta
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Ser um confrade ou confreira
Tem que se unir na disputa
Para se manter vivo um ideal
Precisa-se de coragem e luta!
É com prazer que recebemos
Todos vocês em nossa casa
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Professores, jornalistas
E um sacerdote que arrasa
Com este brilho de vocês
Marcaremos mais que a brasa!
Sejam bem vindos colegas
Nesta Academia de Letras
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Aqui não é só chá com bolinhos
Enrolação ou mutretas
Uma Academia é coisa séria
Não se aceita picaretas!
Não vou citar cada um
Para erros não cometer
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Só sei que muito me honra
A todos vocês receber
Lutaremos pela cultura
Unindo amizade e saber!
Parabenizo todos vocês
Pela escolha de seus patronos
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Usando bem a cabeça
Sem vaidade ou entono
O nome dessas pessoas
Jamais cairão no abandono!
Hoje vocês tomam posse
Prometendo cumprir um estatuto
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Eu expresso o meu desejo
De sucesso absoluto
Pois o saber e a união
Resultará num bom produto!
E uma saudação especial
Aos meus queridos afilhados
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Que me concederam o prazer
De serem por mim amadrinhados
Unindo respeito, coragem e trabalho
Teremos bons resultados!
Enfim, parabenizo a Valéria
Pelo seu brilhante discurso
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Como exímia jornalista
Faz a notícia seguir o curso
E se por acaso não agradar
Usa o rádio como recurso!
Já disse todo o necessário
E nada mais tenho a dizer
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Minhas palavras de ordem
É somente agradecer
Pela distinta plateia
Que veio aqui sem temer!
Com meu discurso em versos
Eu não encontro barreiras
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Com minhas rimas saúdo
Os confrades e a confreira
Recebam um forte abraço
Da Poetisa Guerreira!