Treinamento teve como objetivo enriquecer a atuação dos profissionais de saúde e a qualidade do cuidado oferecido às crianças indígenas
A Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) concluiu, nesta semana, a oficina de multiplicadores para promoção do uso da Caderneta da Criança em territórios indígenas. O evento, realizado ao longo de dois dias no auditório da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), reuniu profissionais de saúde empenhados em aprimorar a utilização deste instrumento essencial para a promoção da saúde infantil em comunidades indígenas.
A qualificação, fruto de uma parceria entre a Sesai, a Universidade Federal do Ceará, a Opas e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), é um guia destinado a fortalecer a atuação dos profissionais de saúde e a qualidade do cuidado oferecido às crianças indígenas.
A expectativa da Sesai é que os conhecimentos disseminados durante a oficina fortaleçam a integração entre equipes de saúde, comunidades e famílias, amplificando os resultados no cuidado à infância, bem como incentivar que os profissionais tenham mais sensibilidade e respeito para lidar com as especificidades culturais das comunidades indígenas, promovendo uma assistência mais humanizada e efetiva.
De acordo com Jéssica Sousa, técnica da Coordenação de Atributos e Promoção de Saúde Indígena, a iniciativa é uma estratégia potente para qualificar a assistência nos territórios. “A Caderneta da Criança é um veículo de informações coletadas pelas equipes de saúde em colaboração com as comunidades e famílias, portanto, a realização de uma oficina de multiplicadores é uma estratégia potente para qualificar e melhorar a assistência à saúde nos territórios”, destacou.
Foto: Heidy Schaffer/Sesai
A formação teve como principal objetivo qualificar a atenção, gestão e educação em saúde, promovendo o uso sistemático e efetivo da Caderneta da Criança para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil em territórios indígenas. Entre outros pontos, a iniciativa visa fomentar a implementação de ações de cuidado à criança utilizando tecnologias e dispositivos que aprimorem a atenção, gestão e organização do cuidado em rede; fortalecer a articulação intersetorial entre o Sistema Único de Saúde (SUS) ; educação e assistência social para garantir a sustentabilidade das estratégias e qualificar equipes multidisciplinares de saúde indígena no uso da Caderneta, alinhando-a aos eixos da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) .