Manoel Afonso –
‘COINCIDÊNCIA’: Prefeito de Ponta Porã, na época, Hélio Peluffo reprovou a
renúncia de Marquinhos Trad para disputar o governo estadual. Meses após, ele deixou
o cargo para ocupar por pouco tempo a Secretaria Estadual de Infraestrutura. Pior, suas
relações com seu sucessor em Ponta azedaram. Como chegar à Assembleia Legislativa
em 2026?
PLACAS: Emblemáticas em final de mandato. Têm para todos os gostos. Claro, quem
está deixando o poder quer perpetuar sua marca. Em Cuiabá o novo prefeito mandou
retirar placas de obras que não tinham sido concluídas, mas entregues a ‘toque de caixa’
pelo antecessor. O fato virou combustível para os discursos críticos.
DEMISSÕES: As notícias mostram que em várias cidades tem havido a dispensa de
funcionários municipais por conta do inchaço que inviabiliza as finanças. Uma pratica
que se renova pelo país afora. Um amigo ex-prefeito do interior sabiamente adverte
sobre o fato: “resistir para não admitir – demitir é um horror”.
HERANÇAS: Prefeitos também ‘chiam’ devido aos gastos de última hora de
antecessores, Há casos curiosos, Num deles foi comprado café moído suficiente para
todo o próximo ano, mas com prazo de validade de 4 meses. Nesta hora vale lembrar
que os novos prefeitos sabiam que não disputavam vaga no paraíso. ‘Não adianta
chorar’.
SUSPENSE: Discurso de posse é pra se pensar. É o caso da fala do prefeito Marçal
Filho (PSDB) de Dourados, que acenou com tese da vice prefeita Gianni Nogueira (PL)
disputar um cargo federal em 2026. Como o seu marido Rodolfo é candidato a reeleição
na Câmara, restariam duas opções: Senado ou Suplente do mesmo cargo. É esperar…
CAPITAL: Analisando a lista dos secretários e colaboradores da nova administração da
prefeita Adriane Lopes (PP), percebe-se que ela juntou a parte técnica com a política.
Caiu bem por exemplo a escolha do ex-presidente da Câmara e ex-deputado Youssif
Domingos para fazer a articulação com o Legislativo. Conhece do ramo.
ARROZ & FEIJÃO: Observadores experientes entendem que Adriane deva adotar
um estilo simples mas eficiente, que atenda a maioria da comunidade. Ainda, não se
pode ignorar a presença do deputado Lídio Lopes, um conselheiro de bom calibre como
ficou patente ao longo do turbulento processo eleitoral. Ele – um bom articulador.
VOLTA? A Ministra do Planejamento Simone Tebet (MDB) revela que irá apoiar as
candidaturas de Lula e Riedel em 2026. Quanto ao seu futuro político, nada decidido.
Questiona-se: em qual grupo do Planalto ela teria ambiente para disputar um cargo
federal independentemente de eventual fusão da qual o MDB participe.
VEJA BEM: O MDB desgastado aqui por fatores conhecidos enquanto o PSDB, PSD
e PP ocupam hoje espaços majoritários no Senado, Governo, Capital e na maioria das
cidades. A reeleição da prefeita Adriane na capital deu nova configuração na relação das
forças políticas, com destaque para a vitoriosa senadora Tereza Cristina (PP).
QUESTÃO-1: Seria necessário esperar as anunciadas fusões partidárias em nível
nacional para se saber quem ficaria com quem. O PSDB – por exemplo – pelo que é
noticiado tende a desaparecer. Aqui o partido pode se juntar ao PSD (de Kassab e do
senador Nelsinho Trad), ao MDB de Pucinelli ou mesmo ao Republicanos.
QUESTÃO-2: Como pré-candidato ao Senado o ex-governador Reinaldo monitora os
acontecimentos nacionais e mantém relação com outras lideranças. Já o governador
Eduardo Riedel (PSDB) comunga com a postura de Reinaldo, mas tem evitado se
aprofundar nos detalhes de qual caminho seguirá após a fusão. O PSD seria uma opção.
DESEJOS: Deve aumentar a movimentação na Assembleia Legislativa dos
pretendentes a futura vaga no Tribunal de Contas ocupada pelo conselheiro Jerson
Domingos. Os deputados Marcio Fernandes e Paulo Corrêa aparecem como candidatos
com potencial. Cada um deles com sua estratégia para garantir apoio dos colegas.
PROJEÇÃO: Encaminhada, a fusão do PP e Republicanos teria a maior representação
na Câmara: 10 senadores, 94 deputados federais. Já no MS ficaria com 201 vereadores,
16 prefeitos, 24 vices e 3 deputados estaduais. Para a senadora Tereza Cristina a
propalada participação do União Brasil nesta fusão estaria longe de ocorrer.
ROSE MODESTO: Sem volta à Sudeco, não definiu o caminho para o pleito de 2026.
Monitora as negociações da direção nacional do União Brasil (seu partido) e mantém
contato com lideranças partidárias locais. Cada eleição tem uma história diferente, mas
há de se levar também em conta os 210 mil votos dela na capital em 2024.
LULA & PIX: O Governo adotou a tese de ‘fake’ mas o caso é outro. Monitorando as
contas do PIX, a Receita Federal abriria a porta para autuar depois quem recebeu mais
de R$5 mil na conta. O Governo menosprezou a nossa inteligência e saiu desgastado.
Com isso as chances da candidatura do ministro Fernando Haddad ao Planalto caíram
por terra.
IMPOSTO SINDICAL: Se não bastasse o caso PIX, a equipe do Planalto estaria se
preparando para lidar com outro espinho cruel: a volta do imposto sindical – onde o
trabalhador ‘doa’ um dia de seu trabalho por ano ao sindicato da classe. A bancada
oposicionista no Congresso já estaria se preparando para bombardear a infeliz ideia.
LAMENTOS: O ambiente nacional não é de conciliação. Mas se Lula não tem um
nome de peso para tentar sucedê-lo, a oposição – embora ruidosa – continua dividida e
sem representante vigoroso e unânime de norte a sul. Com isso abre-se espaço para
nomes hilários como o cantor Gustavo Lima inclusive. Onde chegamos!
SÓ NO BRASIL: A opinião pública ironiza a campanha do Tribunal Regional do
Trabalho de MS com outdoors espalhados na capital fazendo alusão ao seu conceito de
transparente. Isso leva-nos a imaginar que poderiam existiriam tribunais sem esse
predicado indispensável. Ora! Toda justiça não deve (ou deveria) ser transparente?
GOTAS DIGITAIS:
A verdade sempre aparece, mas ninguém quer ver!
A mentira tem cauda longa.
Envelhecer! A outra opção é sempre pior!
Se a bicicleta trouxesse a liberdade, a China seria a Suécia.
Gustavo Lima ou Pablo Marçal? Qual deles levará a cadeirada de Datena?
Na política nunca brigue com alguém de saia: seja mulher ou padre.
Quando o Executivo, Judiciário e Legislativo são sócios, temos uma ditadura.
Na internet: Que nunca nos falte o supérfluo.
Quem do Governo perdeu mais na crise do PIX?
“O Poder Judiciário precisa se comunicar melhor com a sociedade”. Ari Raghiant Neto
– (Desembargador do TJMS)