José Tibiriçá Ferreira Martins (*) –
Em frente ao Banco do Brasil encontrei uma indígena de nome Orilda Félix e sua filha de 6 anos de nome Deusimara. Ambas residem na Aldeia Rio das Cobras, Municipio de Nova Laranjeiras, Estado do Paraná próximo de Cascavel. A indígena trouxe vários vasos feitos por ela e continua o trabalho na confecção de outros no local de venda. Afirmou-me que durante a noite dorme com a filha próximo da rodoviária, pois foi impedida de abrigar-se no terminal segundo me afirmou, fato confirmado pelo meu amigo indígena terena Davi Massi que esteve no local.
É um trabalho muito bonito, feito com dedicação e segundo me falou Ronilda, retornará para casa quando vender tudo.
Seria interessante que a casa da cultura de Dourados em conjunto com a Funai desse apoio a esta artista que do taquarussu faz esta obra de arte e assim ela como outros da nossa região poderiam ter um espaço próprio na Praça tenente Antonio João Ribeiro para expor suas obras.
Para contribuir comprei um cesto e acho que o valor compensa pelo incentivo a esse trabalho manual que começa com a retirada do bambu do mato até o seu preparo para sua confecção final.
Temos que valorizar quem trabalha em vez de dar dinheiro a pedintes que ficam em frente às agências bancárias e outros locais de nossa cidade.
(*) Advogado e produtor rural na Picadinha.