A atriz Salma Hayek, conhecida por produções como “Frida” e “Gente Grande”, revelou que enfrentou xenofobia no início de sua carreira. Em entrevista ao “Gshow”, a artista de 58 anos explicou que sua trajetória em Hollywood era frequentemente diminuída por ser rotulada como “mexicana e árabe”.
“Houve um tempo em que a discriminação pela idade era pior do que o racismo. Hoje tenho mais trabalho do que antes”, conta. “As coisas eram bem mais difíceis quando eu era apenas ‘mexicana e árabe’, sabe? Sempre teve alguma coisa que eles não queriam — mas ainda assim me chamavam. Eu sempre consegui dar um jeitinho de entrar.”
Conhecida como a “sex symbol” dos anos 1990, Salma também explicou que as mulheres no mundo do entretenimento lutam contra o etarismo e o machismo, sendo frequentemente “descartadas” por causa da idade — independentemente do talento, do tempo de carreira ou dos trabalhos realizados.
“Os homens se interessam mais por mulheres de uma certa idade. Mas nossas histórias são fascinantes em todas as idades — e há outras mulheres que também querem ouvir essas histórias. 95% das pessoas que decidem sobre os filmes a serem produzidos, são homens. Então, para falar de etarismo, precisamos falar de sexismo”, finaliza.
A atriz acrescentou que, embora pareça que o machismo tenha diminuído ao longo dos anos, o que realmente aconteceu foi um aumento do medo das pessoas de parecerem preconceituosas , o que não significa, o que elas estejam, de fato, tentando agir de forma correta.
“É sobre elas mesmas — não é realmente sobre entender o outro. Elas só ficaram melhores em usar a linguagem certa. Mas eu não sei se isso é genuíno. Melhorou um pouco, sim, e mesmo isso já é um processo em direção ao caminho certo.”
(Istoé)