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Acidentes causados pelo ‘bife na chapa’ se tornam recorrentes; em Dourados já são dois

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Redação –

Com a chegada do inverno, a população começa a aderir algumas práticas com o fogo que estão se tornando cada vez mais perigosas. Registros de queimaduras estão disparando em Mato Grosso do Sul, incluindo o da prática de “bife na chapa” com o uso do álcool líquido.

Em Dourados, na semana passada dois casos foram registrados. No primeiro, um casal de amigos se queimou na última segunda-feira (27). Os dois estavam fazendo carreteiro na chapa, quando em determinado momento houve a explosão. A garota teve 70% do corpo queimado, e o rapaz teve seu rosto atingido.

Eles foram encaminhados para a Santa Casa de Campo Grande, que é referência em Mato Grosso do Sul em tratamento de queimaduras.

No segundo caso, ocorrido na última terça-feira (28), uma mulher estava fazendo bife na chapa com álcool, quando também houve a explosão, atingindo a vítima. Ela também está em tratamento na Santa Casa da Capital.

Para Dra. Glacy Cardoso, enfermeira que acompanha esse tipo de caso, em entrevista ao Coren-MS (Conselho de Enfermagem de Mato Grosso do Sul), mostra o quanto em MS, a prática que é comum, mas vem se tornando dor de cabeça para muitos familiares, devido ao manuseio incorreto que vem ocasionando os ferimentos. Segundo a especialista,

“Essa é uma cultura do nosso Estado, por ser mais prático que o churrasco, as pessoas pegam a aquela chapa, onde tem o suporte e dentro dele tem um local onde se coloca o álcool. E o acidente acontece no momento em que as pessoas reabastecem o suporte e muitos não se atentam ao risco e acabam se queimando pelo manuseio incorreto”, explicou Glacy Cardoso.

Como exemplificado pela enfermeira, nessa prática, normalmente as chamas atingem aquelas pessoas que manuseiam a chapa, mas podem alcançar vítimas próximas ao objeto.

Em geral, quando existem esse tipo de acidente, as consequências são consideradas gravíssimas, com queimaduras que podem chegar ao 3º grau, sendo necessário ir para o centro cirúrgico.

“A maioria dos que se queimam, 95%, com o bife na chapa precisam fazer o procedimento de cirurgia plástica. Eles são internados com queimaduras de 2º e 3º grau grave e precisam seguir para o centro cirúrgico para fazer o desbridamento, que é a retirada do tecido necrótico para que o tecido [pele] se renove e se regenere e cicatrize”, explica Glacy Cardoso.

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