Longen comanda a federação desde 2007, acumulando três mandatos, numa das características do Sistema S: perpetuação dos diretores no poder
01/03/2019 13h48 – Por: Folha de Dourados
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Investigado pela PF (Polícia Federal) na operação Fantoche, o empresário Sergio Marcolino Longen busca o quarto mandato consecutivo à frente da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), que é responsável por dois entes do Sistema S: Sesi (Serviço Social da Indústria) e Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial). Este último com previsão orçamentária de R$ 101 milhões para 2019.
Longen comanda a federação desde 2007, acumulando três mandatos, numa das características do Sistema S: perpetuação dos diretores no poder.
Cumprindo o estatuto social, a Fiems divulgou nesta sexta-feira (primeiro de março) o registro da chapa MS+, com eleição da diretoria para o quadriênio 2019 a 2023. O registro não detalha a data da eleição e nem se a chapa é única.
Já pedido de impugnação da candidatura deve ser feita na secretaria Fiems no prazo de cinco dias, contado a partir de hoje.
Natural de Toledo (Paraná), Longen é empresário do segmento industrial de alimentos e com unidades produtivas em Campo Grande, João Pessoa (Paraíba) e Assunção (Paraguai). Ele comanda a Fiems desde 2007, com três eleições sucessivas.
Antes dele, a federação foi presidida por Alfredo Fernandes, que ficou no cargo de 1999 a 2007. Jorge Elias Zahran foi mais longevo na função: 20 anos, no período entre 1979 a 1999. A reportagem solicitou à assessoria de imprensa informações sobre a data da eleição e se foram inscritas chapas concorrentes, mas os dados não foram fornecidos.
Fantoche – Liderada pela PF (Polícia Federal) de Pernambuco, a operação cumpriu mandado de busca e apreensão na sede da Fiems, a Casa da Indústria, localizada na avenida Afonso Pena, bairro Amambaí, em Campo Grande.
A outra ordem era para ser cumprida na residência de Longen, mas a PF foi ao endereço antigo do empresário, no bairro Royal Park.
A 4ª Vara da Justiça Federal de Recife (PE) determinou a quebra do sigilo bancário, fiscal e bloqueio de bens do presidente da Fiems. São 24 alvos, entre pessoas físicas e jurídicas, que terão bloqueio até o montante de R$ 400 milhões, valor calculado do prejuízo.
A quebra do sigilo bancário de todos os bens, direitos e valores mantidos em instituições financeiras abrange o período de primeiro de fevereiro de 2012 a 23 de janeiro de 2019.
(Campo Grande News)