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Apesar da ‘traição’, Tereza Cristina e Ciro Nogueira seguem leais a Bolsonaro

José Henrique Marques e Juliel Batista –

Em nenhum momento a palavra “traição” foi utilizada pelos senadores Ciro Nogueira e Tereza Cristina, ambos do PP, na entrevista coletiva concedida na tarde de ontem (11) no comitê eleitoral do candidato do partido a reeleição, o prefeito de Dourados Alan Guedes. Mas, em boa parte dos jornalistas presentes ficou com a sensação de que eles não utilizaram o substantivo feminino por conveniência política, de olho nas eleições de 2026, na qual advogam a união da direita para vencer o PT de Lula.

Ambos pareceram desconfortáveis quando inquiridos pelos jornalistas sobre a quinada do ex-presidente Jair Bolsonaro, que abortou candidaturas do PL para favorecer o PSDB do governador Eduardo Riedel e do ex-governador Reinaldo Azambuja. Essa articulação de bastidores gerou crise partidária, que culminou na destituição do deputado federal Marcos Pollon da presidência regional do partido e colocou em saia justa a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina.

A agora senadora contava com o apoio de Bolsonaro na reeleição dos chefes do Executivos das duas principais cidades de Mato Grosso do Sul e comandadas pelo PP: a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, e o de Dourados, Alan Guedes.  

Na coletiva, Tereza Cristina contemporizou: “Ficamos chateados, não vou dizer que não, mas isso são questões partidárias e às vezes independem da nossa vontade. Já conversei com Bolsonaro um papo reto. Nesse momento estamos em disputa, mas nós da direita precisamos entender que temos que estar juntos nas eleições de 2026. Agora é a disputa, e depois união entre todos nós”.

Já Ciro Nogueira, que é presidente nacional do PP, criticou Bolsonaro, classificando como um “erro” o fortalecimento do PSDB em MS, prejudicando o PP e o PL, partidos siameses no espectro político brasileiro.

“Devo lealdade ao ex-presidente Bolsonaro, e estarei com ele por toda a minha vida, mas a aliança [com o PSDB], foi um erro. Uma coisa é apoiar pessoas como a Tereza Cristina, que tem um histórico de luta em prol dos direitos da direita, a outra é apoiar pessoas que tem um projeto de oportunismo político, como aconteceu no Mato Grosso do Sul. A população sabe quem contribuiu para o governo Bolsonaro e aqueles que nada fizeram para o nosso projeto.” disse, Ciro Nogueira.

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