21/06/2013 14h39
Empossada, na quarta-feira (19), como coordenadora da bancada feminina da Câmara, a deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), disse que vai conversar com as lideranças partidárias, a fim de garantir a indicação de mulheres para cargos importantes, como comissões especiais e representativas; e relatorias de projetos de destaque. Além disso, informou ela, o grupo lutará pela criação de uma secretaria da mulher na Casa.
“Queremos fazer uma discussão mais global com a Mesa para que possa compreender essas necessidades e garantir, nosso primeiro desafio, a aprovação da Secretaria da Mulher nos próximos dias”, declarou.
Outra prioridade das parlamentares é a aprovação da proposta (PEC 590/06) da deputada Luiza Erundina (PSB-SP) que assegura a representação proporcional de homens e mulheres na composição das Mesas e das comissões da Câmara e do Senado.
Erundina prestigiou a posse da colega e destacou a importância da conquista de mais poder pelas parlamentares.
“Pelo fato de a mulher não ter o poder merecido, não ocupar os espaços de decisão política, seus direitos sociais em geral não são atendidos. É bom que a bancada tenha se conscientizado da necessidade de mudar isso”, destacou.
Perfil
Paraibana, Jô Moraes é funcionária pública e está em seu mandato na Câmara. Engajada na luta pelos direitos e emancipação da mulher, a deputada lembrou que a bancada estabeleceu um rol de proposições de interesse de toda a sociedade.
A lista de projetos será encaminhada ao presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), deputado Décio Lima (PT-SC).
“Das propostas prioritárias, 35% tratam de apoio e proteção às mulheres; 7% agravam punição de crimes de raça, cor e orientação sexual; e 14% aumentam a proteção da criança, do idoso e das pessoas com deficiência”, comentou.
Atenta às manifestações populares registradas no Brasil nos últimos dias, Jô Moraes ressaltou que o povo quer melhorar a qualidade de vida e promover mudanças significativas.
“É um grande movimento, que demonstra o desejo do cidadão de participar mais das decisões.
As instituições brasileiras não têm formas de as pessoas participarem de forma mais direta.
Por isso, todos os deputados e demais agente políticos precisam escutar com atenção os gritos das ruas”, afirmou. (Agência Câmara Notícias)
