Está dito: ‘Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar’ (William Shakespeare)
José Henrique Marques –
Visita – O advogado Wilson Mattos esteve na Folha de Dourados nesta quinta-feira (22). Foi um bom papo sobre o cenário político e perspectivas de candidaturas em Dourados. Ele é uma das principais lideranças da Reserva Indígena de Dourados e está de prontidão: pode ser candidato a prefeito, vice, vereador ou simplesmente apoiar um projeto inovador para a cidade.
STF – Dois deputados de Mato Grosso do Sul estão na “mira” do Supremo Tribunal Federal por atentarem contra a democracia. Eles teriam financiado ônibus para aloprados destruírem as sedes dos três poderes, em Brasília.
Eu vi – Há dez dias este colunista fez questão de participar da entrega dos 10 mil exemplares do especial Eleições 2024 da Folha de Dourados, em cerca de 200 pontos de distribuição em toda Dourados, inclusive nos distritos. Duas manhãs (sexta e sábado) e uma tarde debaixo de sol escaldante.
Eu vi 2 – Foi cansativo, mas matei a saudade dos bons tempos do jornal de papel. O mercado editorial obrigou a Folha a encerrar a circulação impressa há 11 anos. Mas, nos períodos eleitorais o impresso ainda funciona. Nessa viagem às entranhas de Dourados também conheci dezenas de novos bairros que só ouvirá falar.
Eu vi 3 – A troca de função de editor para jornaleiro visou conferir, in loco, a situação de Dourados quanto à limpeza urbana e pavimentação asfáltica. Embora existam muitos locais com problemas, a verdade é que vi ação da Prefeitura na grande maioria dos bairros, em todas as regiões, principalmente com operações tapa-buracos e recapeamento de ruas. Não é pouca coisa. O volume de obras é grande.
Eu vi 4 – Não à toa, Alan Guedes (PP) saiu das cordas do ringue eleitoral e pontua bem nas pesquisas registradas e publicadas na mídia, e nas internas dos partidos. Enquanto isso, dilemas e conflitos internos das outras forças políticas do município postergam o anúncio dos adversários do prefeito, que dia-a-dia vem recuperando a popularidade.
Dúvida – O lançamento da pré-candidatura a prefeito de Dourados do vice-governador Barbosinha (PP) deixou muita gente com a pulga atrás da orelha: teve aval dos próceres do PSDB, o governador Eduardo Riedel e o ex Reinaldo Azambuja?
Dúvida 2 – Para quem conhece Barbosinha, nenhuma dúvida: ele jamais seria desleal a Riedel e a Reinaldo. Não iria se posicionar sem aval.
Dúvida 3 – Rachada com Barbosinha e o radialista Marçal Filho, a base governista tem capilaridade suficiente para vencer Alan Guedes e o PT num cenário de 4 candidaturas viáveis?
Dúvida 4 – Se a base ficar ameaçada, Marçal mantém a pré-candidatura ou estará disposto a recuar por um projeto maior para 2026?
Dúvida 5 – Se Marçal for mesmo candidato, Barbosinha desiste?
Pragmatismo – É evidente que o PSDB quer ser manter como o partido com mais prefeitos em MS, mas o pano de fundo nas eleições de 6 de outubro, é 2026, quando serão disputadas duas vagas para o Senado. Reinaldo quer uma, o deputado federal Vander Loubet (PT), a outra.
Pragmatismo 2 – Dentro desta perspectiva, para Reinaldo tanto faz vencer Barbosinha, Marçal ou Alan – tem apoio garantido de qualquer um deles. E se der PT, não terá dificuldade de sair bem votado em Dourados, junto com Vander.
Fato Novo – Articuladores da pré-candidatura de Barbosinha consideram a hipótese dele se filiar ao PSB, do vice-presidente da República Geraldo Alkmim e, assim, se aproximar do campo progressista, formando uma aliança heterogênea com forças do centro e da direita.
PT – Militantes do Partido dos Trabalhadores de Dourados demonstraram unidade na festa de comemoração dos 44 anos da legenda, no sábado (17). Aguardam a definição do pré-candidato a prefeito (Tiago Botelho ou Elias Ishy) para ir às ruas.
PT 2 – O surgimento da pré-candidatura de Barbosinha animou ainda mais os petistas que advogam a tese de que, com quatro candidaturas viáveis (do vice-governador, do radialista e do prefeito), é grande a chance de retornar à Prefeitura depois de 16 anos.
Chapa –Com a filiação de Franklin Schmalz, ex-PSOL, o PT praticamente recompôs a votação da deputada estadual Gleice Jane para vereadora em 2020. Naquela eleição, ela teve 1762 votos e ele 1490 votos. Assim, se a chapa de vereadores petista tiver a mesma performance de 4 anos atrás, o partido mantém representação na Câmara de Vereadores, hoje com o vereador Elias Ishy, pré-candidato a prefeito.
