O jornal O Globo teve acesso a mensagens de WhatsApp em que o presidente dissemina fake news, ataca a vacinação, o comunismo e faz piadas homofóbicas
O presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) enviou mensagens de WhatsApp através de seu número pessoal, ao qual o jornal O Globo teve acesso, em que dissemina fake news sobre vacinas, faz piadas homofóbicas e, entre vídeos anticomunistas, faz elogios ao ditador chileno Augusto Pinochet.
O jornal afirma que teve acesso às mensagens através de pessoas próximas do presidente. O material teria sido enviado desde quinta-feira da semana passada até esta última quarta-feira (29), através de listas de transmissão.
Em uma das mensagens, Bolsonaro volta a desincentivar a vacinação: “Jovens morrendo com a Pfizer.” No mesmo momento, ele compartilhou um vídeo com os dizeres: “Riscos — Precisam investigar! Jovens morr3ndo de parada card1aca (sic)”.
No vídeo, também há a inscrição “Bolsonaro tem razão”. O material reproduz uma fala da comentarista Cristina Graeml, do programa “Os Pingos nos Is”, da rádio “Jovem Pan”, na qual ela cita cinco casos de adolescentes que faleceram recentemente, lançando dúvidas sobre a aplicação de doses da Pfizer.
O presidente da República também disseminou homofobia. Na segunda-feira, ele compartilhou um conteúdo que mostra pessoas aparentemente num protesto por direitos da comunidade LGBT queimando uma bandeira do Brasil, acompanhado da legenda: “Essa turma toda quer ‘o cara’ voltando ao poder”.
Não foi a única mensagem preconceituosa. Na madrugada do último domingo, Bolsonaro enviou um vídeo no qual o músico Rogério Skylab diz ter tido relações homossexuais sem, no entanto, considerar-se gay: “Já dei três vezes, mas sou hétero”. Logo depois, Bolsonaro completa: “Até três vezes pode.”
(Revista Forum, com informações do Globo)