fbpx

Desde 1968 - Ano 56

20.5 C
Dourados

Desde 1968 - Ano 56

InícioBrasilBruna Gayozo: 'Movimento red pill: onda conservadora nas relações de gênero'

Bruna Gayozo: ‘Movimento red pill: onda conservadora nas relações de gênero’

- Advertisement -

Bruna Gayozo –

Nos últimos tempos tem crescido nas redes sociais um movimento social intitulado “red pill”, com discussões sobre relações de gênero, masculinidade e feminismo. O nome do movimento faz referência ao filme “Matrix”, onde tomar a pílula vermelha (“red pill”) significa acordar para a “verdade”, enxergar uma realidade que antes estava escondida. O movimento prega estarem tirando as vendas dos homens e mostrando o que há por trás das relações de gênero.  

Os adeptos desse movimento, acreditam que sociedade moderna já passou por uma mudança social, e que agora vivemos num contexto em que as condições sociais, culturais e legais são organizadas no sentido de beneficiar as mulheres e prejudicar os homens. Existe por trás desse argumento, uma perspectiva saudosista que prega a necessidade de “acordar” para esse novo cenário e regressar a uma masculinidade tradicional.

Este grupo tem tomado as redes sociais fazendo críticas ao movimento feminista, que é enxergado por eles como uma forma de atacar as famílias, defendendo a importância de que os homens tenham um espírito de liderança dentro do relacionamento de uma maneira extremamente controversa, promovendo uma visão distorcida da realidade dos relacionamentos e das relações de gênero, inclusive promovendo a misoginia.

As generalizações excessivas sem base teórica ou de dados colabora para disseminação de um pensamento retrogrado, que via a mulher como posse e objeto. Membros desse grupo recentemente, promoveram ameaças à Maria da Penha nas redes sociais, ao ponto de a mesma precisar de inserção no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, segundo o site de notícias G1.

Esses discursos de cunho extremamente conservador tem o potencial de promover uma perpetuação estereótipos que prejudicam a emancipação feminina e a construção de relações de gênero baseadas em igualdade. Construindo uma masculinidade extremamente inflexível, em busca de padrões irreais de mulheres.

É importante dizer que o machismo ao mesmo tempo que prejudica as mulheres, as colocando em situações de violências diversas, também prejudica homens, ao pregar um padrão de comportamento prejudicial emocionalmente, com cobranças extremas e sem considerar que há diferentes formas de ser e de se expressar enquanto indivíduos.

- Advertisement -

ENQUETE

MAIS LIDAS

- Advertisement -
- Advertisement -