Na manhã desta segunda-feira (10), ocorreu Assembleia convocada pela Secretaria Geral da Aduems. Na pauta, constava posse de nova Diretoria da ADUEMS. Professores compareceram em peso e rejeitaram a pauta logo no início da Assembleia, pedindo a sua exclusão. Inconformado com o pedido coletivo de exclusão de pauta, um pequeno grupo de filiados chegou a acionar a Guarda Civil para evitar que a Assembleia continuasse.
Logo ao início da Assembleia, professores presentes em Dourados estranharam o fato de haver dois seguranças privados ao lado da mesa. Um docente perguntou quem tinha contratado os profissionais, pois seria um absurdo utilizar recurso dos filiados para uma finalidade como essa. Após isso, os professores pediram que os seguranças se retirassem, o que acabou ocorrendo, sob aplausos.
Num clima tenso, a secretária-geral não deu voz a vários pedidos de “questão de ordem”, ignorando também a necessidade de se aprovar a ordem do dia, o que são expedientes convencionais em qualquer Assembleia. Insistiu em chamar o professor Lauro para vir à mesa para assinar suposto termo de posse, o que foi rechaçado pela maioria dos presentes.
Após perceber que a Assembleia não aceitaria a “posse”, um pequeno grupo de filiados se retirou, acompanhando a secretária-geral e o candidato a presidente da chapa da situação, sem assinar o suposto “documento de posse” na sala. Em seguida, compôs-se nova mesa e foi acordado entre os presentes que a Assembleia continuaria os trabalhos, já que havia muitos docentes acompanhando também nas Unidades, por videoconferência.
Na continuação da Assembleia, deliberou-se a exclusão da pauta de posse, em razão de ser considerada ilegítima e contrária à decisão de Assembleia anterior, respaldada pelo ANDES (Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições Superiores). Incluiu-se a pauta “indicação de membros para a Comissão Eleitoral”, haja vista que se precisava de mais dois nomes, uma vez que o Conselho Fiscal não indicou representante e deveria se ter mais um suplente.

Guarda Municipal é acionada
Do lado de fora, um pequeno grupo de filiados acionou a Guarda Civil, que chegou ao local. Os docentes então interrogaram um dos guardas sobre o motivo do chamado. O profissional disse que foram chamados por conta de risco de agressão. Indignados, os docentes disseram que não houve qualquer tentativa de agressão física e que se tratava de uma reunião de filiados legiimamente organizada em seu sindicato.
Após isso, os policiais se retiraram e seguiram do lado de fora, ao compreenderem que não havia risco de agressão na sala da Assembleia.
O chamado feito aos policiais será melhor apurado.
Eleição
Sem a posse avalizada em Assembleia e com a eleição feita de forma ‘ilegítima’, por parte de um grupo de docentes, contra decisão da Assembleia anterior, resta agora reiniciar o processo eleitoral e, aos poucos, reorganizar o sindicato.
Não se sabe se a Secretaria Geral seguirá na presidência interina do sindicato. É provável que não.
Todavia, uma nova Comissão Eleitoral está formada e há uma petição com 95 assinaturas para que nova Assembleia ocorra no dia 19, momento em que será debatido o calendário eleitoral.