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Destituição da direção do PL: nada de novo na política brasileira

José Tibiriçá Martins Ferreira (*) –

Hoje nenhum comando partidário tem segurança, depende muito do interesse da direção nacional. Antigamente a direção de um diretório era eleita com acompanhamento da justiça eleitoral e tinha que ser respeitado a vontade do voto dos filiados.

Em 1999, fui vítima do sistema ao sofrer intervenção no diretório municipal do PDT em Dourados, pois não compactuávamos com as ideias de alguns políticos profissionais da capital.

O ex-sargento João Leite Schimidt, político influente, hoje no ostracismo e o ex-deputado estadual Franklin Masruha, ambos para atender interesses da velha guarda destituiu a direção em Dourados. De lá para cá o partido viveu de comissão provisória, muitos se elegeram na sigla, depois mudaram para outra legenda. Sem espaço, alguns retornaram à sigla depois de 20 anos para concorrer a cargos eletivos, alegam que foram inspirados pelos ideais brizolistas.

O presidente nacional Carlos Luppi conseguiu com grande êxito eliminar a nível de Brasil os adversários para continuar no comando, dentre eles até o herdeiro de Brizola, seu filho Vicente.

O que está acontecendo hoje no PL não é novidade, basta analisar o curriculum vitae do seu presidente nacional ex-deputado federal Valdemar da Costa Neto. No passado foi preso e renunciou ao mandato para não ser cassado quando exercia o sexto mandato de deputado federal, por envolvimento na famosa operação lava jato.

Tivemos até um ex-presidente que esteve na prisão com centenas de companheiros, pessoas denunciadas por envolvimento na operação. O grande problema é que o eleitorado não acompanha a vida pública dos políticos e assim eles conseguem se eleger, retornando à vida pública.

Nos EUA também temos um ex -presidente que apesar das condenações pode voltar ao poder se não substituírem o seu concorrente.

O presidente do PL Valdemar da Costa Neto já foi aliado do PT e fez parte do governo Dilma com integrantes do partido integrando a administração. É uma figura que sempre agiu conforme sua conveniência.


(*) Advogado e produtor rural.

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