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Eduardo Martins lança novo livro: ‘1823: A Assembleia Constituinte, escravidão e cidadania no Brasil’

Acabou de ser lançado pela editora CRV, o novo livro intitulado “1823: A Assembleia Constituinte, escravidão e cidadania no Brasil”, do professor Dr. Eduardo Martins (UFMS-CPNA).

No livro, o professor busca estudar as relações entre economia e política, na época da Independência do Brasil e suas manifestações que redundaram em um tipo de país excludente, onde a cidadania foi negada a imensa maioria da população: negros, indígenas, pobres e às mulheres.

O ano de 1823, assistiu a montagem do primeiro sistema político iminentemente brasileiro: o Poder Legislativo, consumado na Assembleia Constituinte daquele ano. Esta teve vida efêmera, durando de maio até novembro, seis meses de existência e muito debate em torno das questões que perpassavam e cupriam àqueles deputados, eleitos democraticamente pelo povo, fazerem as leis, e demais projetos que tornassem viável e prática a costrução do Estado nacional, o que eles chamavam de nação. E, consequentemente “criar” o brasileiro; o cidadão.

O que não foi fácil, considerando a proposta eurocêntrica e patriarcal que marcava as ideias daquela elite política, mas sobretudo, os interesses econômicos na manutenção do tráfico de pessoas escravizadas da África e do modo de produção escrava, além da visão negativa e pejorativa em relação às populações indígenas que ancestralmente aqui habitavam, e por fim, a negação da cidadania às mulheres; dentro de uma perspectiva eurocristã em que elas eram consideradas inferiores aos homens.

Assim, o livro “1823: A Assembleia Constituinte, escravidão e cidadania no Brasil” escrito pelo professor Dr. Eduardo Martins (UFMS-CPNA) 2024, faz emergir uma nova história política em que considera e revela todo o processo social, que envolve as pessoas em forma de teias, de relações de cumplicidades que redundem em outros tipos de organização societária, o que chamamos atualmente de democracia, onde indivíduos ocupam lugares de saberes e de poderes construindo e constituindo redes sociais de organização da sociabilidade.

Numa vertente contracolonial e antipatriarcado, o livro, ora apresentado, fricciona e tensiona as relações de gênero, raça, sexo, classe, mas também provoca para reflexões; como foi possivel construir um país, um neocolonalismo, que ao mesmo tempo que abandonova a metrópole Portugual, não conseguia se desvencilhar do seu passado monárquico, mas sobretudo, escravocrata.

Desta feita, o livro “1823” faz emergir personagens, comumente apagados/as ou esquecidos/as da História. Eles/as submergem para as bordas suas vicissitudes e revelando que também estavam lá, que participaram de todo o processo de construção dos direitos no Brasil: social, civil, político, humano, mas essencialmente queriam ser cidadãos/ãs. Queriam ser brasileiros/as.

Numa espécie de luta de classes, toda a categoria de excluídos/as do projeto neocolonialista, patriarcal e eurocristão, que as elites construíam durante e após o movimento de Independência iam sendo tensionados, tal qual molas sociais que se esticam quando se faz as devidas forças e tensionamentos críticos no seio de uma determinada estrutura burguesa; desta feita alargando palmo a palmo as noções de direitos e de cidadania, até então, tidas como tipicamente eurocentradas. Assim, os direitos e a cidadania iam sendo forjados, paulatinamente, com a construção do Estado e a partir deles se alargando, ora retraindo, mas sempre dinâmico, em (re)construção.

O livro é recomendado para todos/as pessoas das áreas das ciências humanas e das ciências sociais aplicadas. E também, para amantes de uma boa trama histórica, pessoas interessadas nos direitos humanos e na cidadania.

Disponível com o autor (67) 99608-8810, autografado, ou pelo site da editora CRV: https://www.editoracrv.com.br/produtos/detalhes/38988-1823-bra-assembleia-constituinte-escravidao-e-cidadania-no-brasil valor $74,50.

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