José Tibiriçá Ferreira Martins (*) –
Daqui há 45 dias acontecerá eleição para o cargo de prefeito e vereador. Cada votante vai escolher o candidato ao cargo de sua preferência. Não é obrigado a votar nos dois candidatos/candidatas do mesmo partido. É recomendável apenas aos filiados em partido dar o exemplo e escolher dentre os 22 lançados pela sua sigla.
Candidato para não desagradar e conseguir o seu, deixa de lado costuma deixar de lado a fidelidade partidária, pedindo somente para si. O segundo voto tem deixado a critério do votante, isso já é tradição, é a frase salve-se que puder. A maioria faz assim, se auto titulam em candidatos independentes. Algumas recomendações das direções partidárias têm orientado seus candidatos e candidatas a pedirem votos para a coligação. Nas propagandas com adesivos que circulam pela nossa cidade muitos não têm colado a do executivo.
Lembro-me que na eleição de 1982 o voto era vinculado, ou seja, naquele ano só era permitido votar em candidato do partido de vereador a governador. Nesse ano militava no PDT Jenoel Capilé foi candidato a vereador, um dos vereadores mais votados e ficou da fora por causa da legenda. Não havia para Presidente que aconteceu somente 7 anos depois. Depois surgiram as coligações, muitos partidos foram se enfraquecendo e hoje o eleitorado vota mais na pessoa, por isso que em cada pleito o candidato ou candidata abraça uma sigla onde vê chance em ser vitorioso.
Hoje o candidato ou candidata é eleito proporcionalmente pelos votos obtidos na legenda. É uma maneira de fortalecer o partido. Na realidade o termo esquerda e direita que se pregava principalmente desde a eleição presidencial de 1989 foi desaparecendo até nossos dias. Hoje os dois partidos de maior representação no Congresso Nacional PT e PL estão coligados em cerca de 85 Municípios pelo Brasil afora. O confronto entre esses dois somente é maior nas grandes metrópoles.
Dourados-MS, 22 de agosto de 2024.
(*) Advogado e produtor rural na Picadinha.
