A empresária Leila Portilho, de 51 anos, foi morta a facadas pelo companheiro, Gilvan Vieira, no último dia 10. Segundo a delegada Ana Carolina Pedrotti, responsável pela investigação, a mulher teria contado a uma pessoa próxima que sofria com o ciúme excessivo do parceiro e que estava pensando em terminar a relação.
O caso aconteceu em Goianésia, Goiás.
Gilvan também tinha dois pedidos de medida protetiva de uma ex-namorada. Após golpear Leila com 29 facadas, Gilvan tirou a própria vida. Nesta terça-feira, 18, a delegada ouviu algumas testemunhas sobre o caso. Segundo uma delas, o homem era ciumento e mostrava que não aceitaria o fim do relacionamento.
Para a Polícia Civil, a investigação estava praticamente concluída, uma vez que a autoria do crime foi comprovada, e o autor cometeu suicídio. A pedido de familiares da vítima, a delegada Ana Carolina Pedrotti passou a ouvir testemunhas para entender a motivação por trás do feminicídio.
“Uma pessoa próxima falava muito com a Leila e, nessas conversas, falou que ela já não estava aguentando mais. Era o típico relacionamento abusivo, em que ele implicava com qualquer coisa. Ela disse que já tinha perdido até a vontade de sair, porque toda vez que saíam, eles brigavam por vários motivos. Ele era muito ciumento”, conta Pedrotti.
Durante o depoimento de uma testemunha, ficou claro que Gilvan já tinha tido outros episódios de violência contra Leila. “Ele fazia essas coisas e depois, no outro dia, fingia que nada aconteceu”. Leila estaria decidida a pôr um fim na relação, mas temia que ele não aceitasse. Segundo a delegada, tudo indica que o crime ocorreu quando a vítima tentou terminar com Gilvan.
Entenda o caso
Leila foi morta na madrugada de domingo para segunda-feira, 10 de março. Gilvan, companheiro dela, que também era empresário, ligou para a família dele dizendo que “fez uma besteira”.
O casal estava junto há cerca de um ano, e morava junto há dois meses, aproximadamente. Nas redes sociais, os dois publicavam dezenas de fotos de passeios e viagens que faziam juntos, e trocavam declarações.
Leila foi resgatada pelo Corpo de Bombeiros ainda com vida e foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, mas morreu no hospital.
A causa da morte foi choque hipovolêmico, isto é, uma grande perda de sangue e fluidos corporais, devido às 29 facadas pelo corpo.
Quem era Leila Portilho
Leila era uma empresária querida entre amigos e familiares, e a tragédia gerou grande comoção na cidade. Nas redes sociais, ela compartilhava seu amor pelos dois filhos, pelo trabalho, viagens e pelo então companheiro.
Nas últimas publicações, dezenas de comentários foram deixados como forma de despedida.
Em caso de violência contra a mulher, denuncie
Violência contra a mulher é crime, com pena de prisão prevista em lei. Ao presenciar qualquer episódio de agressão contra mulheres, denuncie. Você pode fazer isso por telefone (ligando 190 ou 180). Também pode procurar uma delegacia, normal ou especializada.
(Com informações Terra.com)