Todas as principais cidades de Mato Grosso do Sul, como Ponta Porã, Corumbá e Três Lagoas, além da capital Campo Grande, já elegeram, em épocas distintas, um senador que representou a população do interior no Congresso Nacional. Dourados, apesar de ser o segundo maior município do Estado, nunca obteve essa conquista.
A afirmação é do deputado federal Geraldo Resende (PSDB-MS), durante entrevista que concedeu sábado (07) ao jornalista Osvaldinho Duarte, no programa “A hora da verdade”, veiculado na Rádio Grande FM. Na mesma oportunidade, o parlamentar disse que chegou a hora de Dourados romper essa barreira.
“É hora de a gente apresentar um projeto para o Senado, que represente não apenas Dourados, mas todo o interior do Estado, e eu estou disposto a construir esse projeto”, disse Geraldo. A afirmação decorreu da pergunta sobre os rumos do PSDB nacional, cujas lideranças admitem a possibilidade de uma fusão com outros partidos, como o PSD, MDB, PR e outros.
“Estamos trabalhando para a gente fazer uma fusão com partidos de centro, e dentro desse novo partido, com certeza vamos promover essas discussões, uma vez que nas eleições de 2026, teremos duas vagas para o Senado. Dourados e o interior não podem perder essa oportunidade”, destacou Geraldo Resende.
De acordo com o parlamentar, a provável fusão partidária envolvendo o PSDB, vai fortalecer a agremiação que derivar desse processo na discussão da política nacional e ampliar os espaços para a discussão de candidaturas ao governo do Estado, senadores, deputados federais e deputados estaduais. O desfecho desse processo, avalia Geraldo Resende, deve se dar até julho do ano que vem.
Para o deputado, caso aconteça essa fusão partidária, o PSDB de Mato Grosso do Sul vai compor com grande força política, por ter hoje lideranças de peso como o ex-governador Reinaldo Azambuja, o atual governador Eduardo Riedel, três deputados federais, uma bancada de seis deputados estaduais, quarenta e quatro prefeitos e prefeitas, além de ter feito importantes alianças com outros partidos.
“Dentro desse contexto, surge a grande oportunidade para Dourados e o interior terem o projeto de eleger seu senador, porque serão duas vagas. Uma, já está carimbada, que é do ex-governador Reinaldo Azambuja. A segunda vaga, tem que ser de Dourados e eu estou disposto a colocar o meu nome para encabeçar esse projeto”, diz o deputado.
Segundo o parlamentar, a pré-candidatura dele ao Senado é uma decisão que está amadurecida. “Há um ditado que diz: quem sabe faz a hora, não espera acontecer. Vamos fazer a hora de Dourados. É hora de a gente ter um senador que não seja somente confinado a Dourados, mas que seja um senador do interior, e que também conheça as preocupações da capital”.
“E hora de Dourados sonhar. Eu sonho, e estou colocando que esse sonho só pode se tornar realidade à medida em que a população de Dourados, dos municípios da Grande Dourados, da Fronteira, do Cone Sul, do Bolsão e da região Norte abraçarem alguém que é vocacionado para a defesa do municipalismo e a defesa dos municípios pequenos”, aponta o deputado.
Geraldo Resende finalizou a entrevista com Osvaldinho Duarte, dizendo que se considera preparado para enfrentar esse desafio. “Eu gostaria de ser um senador da República para a gente se encher de orgulho e dizer: agora Dourados vai ter um senador da República, agora o interior vai ter um senador da República”, conclui o parlamentar.