A política em Mato Grosso do Sul está em intensa movimentação com a possível fusão entre PSDB e MDB, além dos acordos estratégicos do Centrão. Ontem (9/1), Baleia Rossi, presidente do MDB, revelou ao jornal “O Globo” que há uma possibilidade de incorporação entre os partidos. Segundo Rossi, esse movimento é fruto de um diálogo amplo entre várias lideranças, incluindo Aécio Neves, Adolfo Viana, Beto Richa, Eduardo Riedel e Michel Temer. A história do PSDB, que nasceu como uma dissidência do MDB, pode influenciar significativamente na decisão final.
No Mato Grosso do Sul, o MDB designou a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e o ex-governador André Puccinelli para convencerem o governador Eduardo Riedel e o ex-governador Reinaldo Azambuja a desistirem de uma possível fusão com o PSD. A negociação para uma federação entre PSD e PSDB está cada vez mais distante devido a divergências políticas em pelo menos cinco estados. A postura oposicionista do PSDB contrasta com o governismo predominante do PSD, liderado por Gilberto Kassab. Os estados com maiores conflitos são Ceará, Bahia, Minas Gerais, Pernambuco e Santa Catarina.
A postura oposicionista do PSDB contrasta com o governismo predominante do PSD, liderado por Gilberto Kassab
Esses movimentos políticos podem fortalecer a candidatura de Vander Loubet (PT) ao Senado em 2026, ao mesmo tempo em que complicam a possível candidatura de Simone Tebet (MDB) a uma das duas vagas de Senado disputadas no próximo pleito em Mato Grosso do Sul.
Com o apoio do presidente Lula e uma base sólida dentro do partido, Vander Loubet, deputado federal pelo PT no sexto mandato consecutivo, está se consolidando como um candidato forte ao Senado e bem posicionado para a corrida eleitoral. A possível fusão entre PSDB e MDB pode criar um cenário ainda mais favorável para o deputado federal, especialmente se os partidos de centro-direita se dividirem. Devido à sua trajetória política e ao apoio consistente dentro do PT, Vander Loubet se fortalece independentemente da fusão e se consolida como o legítimo candidato ao Senado de Lula, sem depender de alianças ou fusões para viabilizar sua candidatura.
Com o apoio de Lula e base sólida dentro do partido, Vander está se consolidando como um candidato forte ao Senado e bem posicionado para a corrida eleitoral
Enquanto isso, Simone Tebet enfrenta um cenário político desafiador. Apesar de seu histórico e influência, a possível fusão entre PSDB e MDB pode dificultar sua candidatura ao Senado. Tebet comprometeu-se a apoiar a reeleição do governador Eduardo Riedel (PSDB), mas Riedel já tem um acordo para apoiar um candidato bolsonarista ao Senado em troca de uma aliança na disputa pela Prefeitura de Campo Grande, sobretudo no segundo turno.
Além disso, a fusão PSDB-MDB poderia resultar em uma chapa pura com Reinaldo Azambuja e Simone Tebet como candidatos ao Senado, complicando ainda mais a aliança com a ala bolsonarista representada pelo PL e pelo PP de Tereza Cristina.
fusão PSDB-MDB poderia resultar em uma chapa pura com Reinaldo Azambuja e Simone Tebet como candidatos ao Senado
A presença de Simone Tebet na chapa pode gerar tensões, já que ela foi uma crítica feroz de Bolsonaro nas eleições de 2022 e apoiou Lula no segundo turno. A ministra enfrenta o desafio de conciliar o apoio à reeleição de Lula, como demonstrou em dezembro na inauguração da fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo, com sua conjuntura política atual. Seu marido, Eduardo Rocha (MDB), é secretário na gestão de Riedel, o que praticamente inviabiliza um confronto direto ao Governo do Estado.
Contudo, enquanto as alianças regionais não são favoráveis para a ministra concorrer ao Senado em Mato Grosso do Sul, no cenário político nacional há especulações de que Simone Tebet poderia ser uma forte candidata a vice na chapa de reeleição de Lula em 2026. Sua vasta experiência política, habilidade de articulação e apoio significativo dentro do MDB a tornam uma escolha estratégica para fortalecer a chapa presidencial.
no cenário político nacional há especulações de que Simone Tebet poderia ser uma forte candidata a vice na chapa de reeleição de Lula
Quanto ao Senado, outras pré-candidaturas podem surgir para concorrer com Vander Loubet e Reinaldo Azambuja. Entre os nomes cotados estão Gerson Claro (PP) e Coronel David (PL), ambos deputados estaduais e considerados alternativas viáveis. Eles fazem parte do grupo político de Reinaldo Azambuja e estão trabalhando para se viabilizar politicamente dentro de suas legendas.
outras pré-candidaturas podem surgir para concorrer com Vander e Reinaldo. Entre os nomes cotados estão Gerson Claro (PP) e Coronel David (PL), além de luiz ovando (pp)
Além disso, é possível que o deputado federal Dr. Luiz Ovando (PP) também entre na disputa. Ele ganhou força nas eleições municipais ao apoiar a prefeita Adriane Lopes desde o início. No cenário competitivo para 2026, surge ainda o nome do ex-deputado Capitão Contar (PRTB) como opção.
