Imagens raras de um tuiuiú alimentando os filhotes em ninho no topo de árvore no Pantanal de Mato Grosso do Sul viralizou e encantou nas redes sociais.
O vídeo é da videomaker Paula Corrêa, em parceria com a Fazenda San Francisco, que fica em Miranda. Na publicação, que já foi visualizada por mais de 10 mil pessoas, a moradora de Bonito fala sobre a beleza da imagem.
“Simplicidade e grandiosidade da perfeita natureza. Contemplar o belo é um presente divino”.
Símbolo do Pantanal
O tuiuiú (Jabiru mycteria) com pernas longas, bico comprido, cabeça preta, corpo branco e uma faixa vermelha no pescoço. É uma ave cegonha encontrada desde o sul do México até o norte da Argentina, onde 50% da população está no Brasil, principalmente na planície pantaneira.
Nos relacionamentos, os tuiuiús escolhem um único parceiro, como as araras. Ao longo da vida, o casal se reproduz e realiza os processos migratórios juntos. “São monogâmicos. Isso não significa que, se morrerem, não vão ter outros parceiros. Mas o casal fica junto até que a morte os separe”, comenta o biólogo e doutor em Ecologia e Conservação pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) José Milton Longo.
Já a relação de cuidado com os filhotes difere, se comparada com a maioria dos mamíferos. O biólogo explica que o cuidado parental é dividido entre macho e fêmea. Ambos caçam, alimentam as aves recém-nascidas e cuidam do ninho.
“Machos e fêmeas fazem tudo, o cuidado parental é dividido. Os machos e fêmeas fazem o mesmo. Cuidado parental é dividido, não tem uma regra específica para cada um, como existe nos casos dos leões e leoas, por exemplo”.
Já quando o assunto é alimentação de filhotes, uma condição do corpo da ave facilita no processo. Com um papo extremamente grande, fêmeas e machos vão em busca da refeição nas áreas alagadas e guardam o alimento na garganta.
Ninhos fixos
Longo explica que os ninhos dos tuiuiús são fixos. Entra e sai ano, o retorno para o mesmo local na época de reprodução é fato entre a espécie.
(Com informações do g1)