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Índio cara pálida, verde oliva, esquerda/direita, esquiva, o cara, Lulinha e visita

Tá dito: “Qualquer que seja a crise da sua vida, nunca destrua as flores da esperança para que possa colher os frutos da fé”. (Konrad Lorenz)

José Henrique Marques –

Índio cara pálida – A fotografia das capas dos cadernos escolares distribuídos pela Prefeitura de Dourados está dando o que falar. O professor Tiago Botelho fez a seguinte postagem nas redes sociais: “Dourados é a cidade com maior número de indígenas de MS. O prefeito achou legal distribuir cadernos com foto de crianças brancas e adereços indígenas. Primeiro, indígena não é fantasia. Segundo a foto mostra o descaso da gestão com os povos indígenas de Dourados. É vergonhoso!”

Índio cara pálida 2 – Indignado, Tiago Botelho procurou o Ministério Público Federal. A descrição é a seguinte: “Tomei conhecimento, por meio de fotos que, a administração municipal de Dourados distribuiu cadernos via Rede Municipal de Ensino, com foto de crianças brancas com adereços indígenas, mesmo Dourados sendo a cidade com maior número de povos indígenas de MS. É preciso destacar que a imagem reflete uma tentativa de fantasiar o indígena, reforçando, um estereótipo racista e utilizado de apropriação cultural. A administração pública municipal ao invés de adotar práticas que ajudem a romper com o racismo e a apropriação cultural, reforça tais práticas. Destaco que Cultura indígena não é fantasia e fantasiar pessoas brancas não é fazer homenagem aos povos indígenas. Há na imagem uma tentativa de apropriação cultural e racismo que, no mínimo, precisa ter reparação por parte da administração aos povos indígenas de Dourados”.

Índio cara pálida 3 – O professor solicitou ao MPF “que apure: 1. se a prática da administração municipal não caracteriza racismo contra os povos indígenas; 2. Por tratar de imagens de crianças, se há autorização por parte dos representantes; 3. Se a imagem, por expor os corpos das crianças não violentaria o Estatuto da Criança e do Adolescente; 4. A imagem é apropriação cultural e deve ser reparado”.

Verde Oliva – A dita expertise de engenharia do Exército Brasileiro, tão propagada na finda era bolsonarista, pode ir, literalmente, água abaixo com as obras de ampliação da pista do Aeroporto de Dourados. O transbordamento da barragem construída, pasmem, a 50 metros da sede de um sítio, de propriedade de família de pioneiros, revela erro grosseiro, segundo engenheiros ouvidos pela Folha de Dourados.

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A “obra” no aeroporto de Dourados

Verde Oliva 2 – Aliás, essa reforma e ampliação do aeroporto Francisco de Mattos Pereira já virou novela. Volta e meia um anúncio de prorrogação do prazo de entrega das obras milionárias, aditivadas algumas vezes. E lá se vão três anos.

Esquerda, direita – Os deputados Zeca do PT e Marcos Pollon (PL-MS) estão coletando assinaturas necessárias para a instalação de CPIs na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados, respectivamente, para investigar supostas irregularidades cometidas pela ONG Missão Evangélica Caiuás, com sede em Dourados.

Esquerda, direita 2 – Embora de espectros políticos absolutamente distintos, os parlamentares querem saber onde e como foram investidos, nos últimos nove anos, os R$ 432 milhões na saúde indígena em Mato Grosso do Sul e o dobro disso em aldeias de outros estados brasileiros.

Tibiriçá – Do advogado e produtor rural da Picadinha, José Tibiriçá Martins Ferreira, comentando matéria publicada na Folha de Dourados sobre o papel estratégico do deputado federal Vander Loubet (PT) para Mato Grosso do Sul, com o retorno de Lula e do PT ao poder em Brasília: “Em 2002, conheci o Lulinha (filho do presidente Lula) através do Vander. Houve um comício na esquina da rua Joaquim Teixeira Alves com a Rua Nelson de Araújo (em Dourados). O Vander teve que sair e falou para mim: ‘Fique aqui com o Lulinha’. Então, perguntei a ele: ‘Você é branco e seu pai é moreno’ e ele respondeu: ‘Minha mãe é galega’. Conversamos sobre Dourados e ele disse que se espantou com a área da agricultura. Viu do avião os tratores e maquinários no plantio, foi no mês de setembro. Nunca mais o encontrei. O Vander não sei se lembra disso, eu o encontrei quando Zeca era candidato ao Governo e perdeu para o Andrea Puccinelli. Almoçamos juntos, estava o Zé Elias e Eduardo Marcondes que apoiaram o Zeca. São lembranças que me vem à tona”.

Esquiva – Manifestações públicas de vereadores sinalizam que Alan Guedes (PP) terá que lidar com fogo amigo na Câmara, logo-logo. Com o avançar dos meses, a cidade continua em estado lastimável; o prefeito esperando a liberação de um e outro projeto do Fonplata (como se bastasse para reverter sua baixa popularidade) e o povo protestando nas redes sociais e na imprensa livre. Candidatos a reeleição, os vereadores tentarão a todo custo se afastar do combalido alcaide, já visto aqui e em Campo Grande como estorvo nos projetos eleitorais. 

Esquiva 2 – Pode ser estratégia para embaçar a mira dos adversários, mas assessores da cozinha de Alan espalham por aí que ele não disputará a reeleição.

Esquiva 2 – Até mesmo “aliados” do setor da imprensa nos bons tempos (para eles, claro) na presidência da Câmara de Vereadores estão abandonando o barco. “A mão que afaga é a mesma que apedreja”, já disse o poeta Augusto dos Anjos.

Carlos com K – A ministra Carmen Lúcia, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), acatou a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) e manteve inelegível o ex-candidato a deputado federal pelo MDB, Aparecido Carlos Bernardo, mais conhecido como “Karlos da UCP. Tudo porque ele doou, em 2020, 333% do valor que poderia ser doado para um candidato a prefeito no estado de Goiás.

O cara – Fiel escudeiro do deputado federal Vander Loubet, o ex-secretário de Agricultura Familiar de Dourados (na gestão de Délia Razuk), Landmark Rios, é candidatíssimo a vereador de Campo Grande e terá prioridade do mandato do decano parlamentar de Mato Grosso do Sul em Brasília. Até lá, ele terá tempo para definir por qual partido. Do PT ele saiu faz tempo.

Ronco – No artigo “As pinguelas que Alan Guedes precisa pular daqui até a ponte para a reeleição”, publicado pelo jornalista Valfrido Silva, em seu site Contraponto MS (republicado nesta Folha), analisando a situação política do prefeito de Dourados, há uma frase interessante sobre probidade administrativa: “… antes que o xerife Ricardo Rotunno acorde de seu sono profundo e volte a ter pesadelos”.

Visita – O presidente da Câmara de Vereadores, Laudir Munaretto (MDB), visitou a Folha na tarde desta terça-feira (28), onde foi recebido pelo diretor, jornalista José Henrique Marques. Está animado, e se o cavalo passar encilhado o imigrante sulista pode até se candidatar a prefeito de Dourados. Tem o perfil que a cidade precisa: trabalhou duro para ser um empresário bem sucedido e tem experiência política.

Índio cara pálida, verde oliva, esquerda/direita, esquiva, o cara, Lulinha e visita
Presidente da Câmara, Laudir Munaretto, e o jornalista José Henrique Marques

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