Maria Eduarda Caldo –
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou por uma cirurgia emergencial na madrugada desta terça-feira (10) para drenar uma hemorragia intracraniana. Segundo boletim médico liberado pelo Hospital Sírio-Libanês, a hemorragia é consequência do acidente doméstico sofrido pelo presidente no dia 19 de outubro.
Lula se queixou de dores de cabeça na noite de segunda (9) e foi encaminhado à unidade de Brasília do Hospital Sírio-Libanês, onde realizou uma ressonância magnética. Depois de diagnosticado, o presidente foi transferido para a unidade de São Paulo do hospital, onde a cirurgia, uma craniotomia para drenar o hematoma, foi realizada.
Ainda segundo boletim médico, a cirurgia ocorreu sem intercorrências e Lula está bem, em monitoramento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Os médicos prometeram realizar uma entrevista coletiva para detalhar o estado de saúde de Lula em breve.
O que é uma hemorragia intracraniana?
É um derrame caracterizado pelo sangramento entre o espaço do cérebro e do crânio. O problema maior é que o cérebro depende de uma rede de vasos sanguíneos para levar oxigênio e nutrientes até ele. No caso de uma hemorragia intracraniana, o sangue se acumula e causa pressão que bloqueia o fornecimento de oxigênio aos tecidos do cérebro. Por isso, requer tratamento médico imediato.
Existem diferentes tipos de hemorragia intracraniana, e são identificados a partir do local em que ocorre o sangramento. Ainda não se sabe especificamente qual foi o caso do presidente.
Como identificá-la?
As principais causas da hemorragia intracraniana são rompimento de vasos sanguíneos, pancadas na cabeça e pressão alta, por exemplo. Alguns dos sintomas mais comuns são:
- Confusão
- Dificuldade em falar ou compreender a fala
- Tontura
- Perda de movimento no lado do corpo oposto ao ferimento na cabeça
- Náuseas ou vômitos
- Dor de cabeça repentina ou intensa
Tratamento
As formas de tratamento dependem da intensidade e gravidade do sangramento, que deve ser avaliada por médicos. Mas em geral, nas situações mais graves é necessário realizar procedimento cirúrgico.