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Moradores usam baldes com água para tentar apagar incêndio que destrói assentamento em MS

Os moradores do assentamento Santa Mônica, que fica em Terenos (MS), recorrem aos baldes com água e mangueiras para conter e proteger as casas do incêndio de grandes proporções que atingiu morros ao redor das propriedades rurais da região. O fogo se alastra por todas as regiões de Mato Grosso do Sul. 

Cerca de duas mil famílias vivem na região e estão ameaçadas pelo fogo no Assentamento. Em uma espécie de mutirão, bombeiros, produtores rurais e a população juntos apagaram os focos de incêndio que ameaçavam criações de gado.

O Corpo de Bombeiros está no Assentamento Santa Mônica para combater o incêndio, mas a situação ainda não foi controlada. Brigadistas estão no local atentos aos ventos e à direção do fogo.

O que antes era uma preocupação apenas no Pantanal, tem tomado proporções maiores. A escalada dos incêndios é veloz por todo Mato Grosso do Sul e assusta moradores. Ao todo, o estado tem 389 pontos de calor ativos. Os dados são do sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) BDQueimadas.

Assentamento em MS é devastado pelo fogo — Foto: Vinícius Souza/TV Morena
Assentamento em MS é devastado pelo fogo — Foto: Vinícius Souza/TV Morena

“Fogo chegou com tudo”

Elaine é moradora do assentamento. Ela viu o fogo chegar próximo da residência. Com medo, tentou salvar o que pôde. “Foi de repente. O vento estava forte, estávamos cuidando e apagamos com mangueira. O fogo chegou com tudo. O vento é muito forte, a faísca tomou conta. Do jeito que o fogo chegou, levou tudo”.

Moradora tenta apagar fogo com balde cheio de água. — Foto: Vinícius Souza/TV Morena
Moradora tenta apagar fogo com balde cheio de água. — Foto: Vinícius Souza/TV Morena

O produtor rural Júnior Moraes não estava em casa quando o fogo começou a se alastrar. Se não fosse a ajuda dos vizinhos, o fazendeiro teria perdido o gado que estava próximo das chamas.

“O fogo veio ligeiro. Não deu tempo de salvar muita coisa. Ainda bem que os companheiros tiraram o gado e o curral foi destruído. Levamos o gado para os vizinhos. É desesperador, ficamos muito desesperados. Em vários outros lugares, o fogo tem consumido, tudo rápido”, disse o produtor rural.

Do Cerrado ao Pantanal

Incêndios se espalham por todo Mato Grosso do Sul. — Foto: Reprodução
Incêndios se espalham por todo Mato Grosso do Sul. — Foto: Reprodução

Das 79 cidades de Mato Grosso do Sul, 32 têm pelo menos um foco de calor ativo nas últimas 48 horas. Municípios em áreas de Mata Atlântica, Cerrado e Pantanal são afetadas diretamente.

Corumbá, na região do Pantanal, lidera o ranking com mais focos de incêndio em Mato Grosso do Sul, são 97 pontos de calor. Depois, Porto Murtinho, com 45, e Jateí, ao sul do estado, com 41. Desde junho deste ano, 12 cidades do estado estão em situação de emergência por causa dos incêndios florestais.

Ao todo, quatro cidades do estado não registram chuvas há mais de 100 dias. Chapadão do Sul (MS) é a cidade mais afetada, com 150 dias sem chuva, seguido por Paranaíba (MS), com 149 dias sem precipitações. Na terceira posição aparece Cassilândia (MS), com 147 dias, e Costa Rica (MS), com 109.

Pantanal sofre mais uma vez com seca severa a incêndios devastadores — Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
Pantanal sofre mais uma vez com seca severa a incêndios devastadores — Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

⚠️ No Pantanal, quase 3 milhões de hectares no Pantanal foram destruídos pelas chamas. Nos primeiros 10 dias de setembro, 736 focos de incêndios foram registrados, o dobro de setembro inteiro do ano passado (373 focos), segundo dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASA-UFRJ).

(Com informações do g1)

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