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MST emite nota após ação da Tropa de Choque e diz que a ação foi ‘ilegal, sem mandado judicial’

Redação –

Após a ação da Polícia Militar, em conjunto com a Tropa de Choque, contra cerca de 300 pessoas no Acampamento Esperança, em Dourados, o MST emitiu uma nota de repúdio e afirmou que a ação foi ilegal.

Como informado pela Folha de Dourados, na manhã de hoje, a PM de Mato Grosso do Sul realizou uma ação de despejo sem mandado judicial e de forma “truculenta”, segundo relataram as famílias acampadas.

Essa área, reivindicada há mais de 12 anos para fins de reforma agrária, pertence à empresa JBS. Por ser considerada improdutiva pelo movimento, o local foi ocupado.

Em nota, o MST ressaltou que a operação realizada nesta manhã é totalmente ilegal e desnecessária.

“Mesmo frente a contestação das famílias sobre a falta do mandado judicial para a realização do despejo, logo o aparato de agentes opressores do estado avançaram sob as famílias encurralando todo mundo, e atirando com bala de borracha e gás lacrimogêneo. Em seguida iniciaram a derrubada dos barracos.”

Veja a nota completa:

Na manhã deste domingo (27), a Polícia Militar em conjunto com a Tropa de Choque e o Departamento de Operações Especiais da Fronteira (DOF) realizaram despejo ilegal, sem mandado judicial e de forma truculenta, contra as famílias de 300 trabalhadores Sem Terra que realizaram ocupação em área da empresa JBS, no município de Dourados, Mato Grosso do Sul, neste sábado (26). A área está improdutiva há mais de 12 anos e é reivindicada para fins da Reforma Agrária.

Após a ocupação, drones sobrevoaram a área e somente ontem, a polícia já havia feito três idas ao acampamento, alegando ser ordem do Batalhão de Campo Grande (MS) e que viria a liminar de despejo hoje. Porém, durante a madrugada a polícia fechou a rodovia que liga o acampamento à cidade, não deixando acesso de entrada nem de saída das famílias ocupantes.

Mesmo frente a contestação das famílias sobre a falta do mandado judicial para a realização do despejo, logo o aparato de agentes opressores do estado avançaram sob as famílias encurralando todo mundo, e atirando com bala de borracha e gás lacrimogêneo. Em seguida iniciaram a derrubada dos barracos.

As famílias Sem Terra se reunirem e protestam no local, até o momento a rodovia segue fechada, representantes do Incra conseguiram acesso à pouco tempo ao local para mediar o ataque ilegal contra as famílias acampadas.

A ocupação é uma ampliação do Acampamento Esperança, onde 270 famílias do MST vivem há cerca de dois anos, na beira da rodovia MS-379, onde as famílias denunciam o despejo ilegal, arbitrário, injusto e repressivo, onde barracos foram destruídos, bem como as roças de subsistência das famílias do acampamento, já existente às margens da rodovia.

Dessa forma, repudiamos as constantes violências sofridas contra o acampamento já existente e pedimos urgência para que essas famílias possam ser assentadas. Apenas em 2024, a comunidade foi alvo de três incêndios e um ataque de pistoleiros.

27 de abril de 2025

Direção Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do Mato Grosso do Sul

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