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No Dia dos Povos Indígenas, MS celebra projetos que unem tradição, tecnologia e inclusão cultural

Neste 19 de abril, o Governo de Mato Grosso do Sul reafirma seu compromisso com um Estado mais Verde, Inclusivo, Próspero e Digital, celebrando os resultados da Chamada Pública de Extensão Tecnológica lançada em 2024 pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia) por meio da Secretaria Executiva da Agricultura Familiar, Povos Originários e Comunidades Tradicionais (SEAF), em parceria com a Fundect.

Com investimento de R$ 7 milhões e mais de 100 propostas recebidas, o edital selecionou projetos com foco em agricultura familiar, comunidades tradicionais e povos originários. De acordo com a SEAF/Semadesc, cerca de 20% das iniciativas aprovadas são diretamente voltadas às comunidades e territórios indígenas, fortalecendo práticas sustentáveis e preservando a diversidade cultural sul-mato-grossense.

As ações se distribuem por oito municípios: Caarapó, Aquidauana, Brasilândia, Dourados, Grande Dourados, Miranda, Campo Grande e áreas de abrangência regional. No total, foram contempladas 16 aldeias e comunidades indígenas, entre elas: Teykue, Limão Verde, Buritizinho, Lagoinha da Terra Indígena Taunay Ipegue, Novo Dia, Lalima, Cachoeirinha, Jaguapiru, Bororó, além da aldeia urbana Marçal de Souza, em Campo Grande.

É nesta última que se desenvolve a proposta da UFMS, coordenada por William Teixeira da Silva, intitulada “Musicalidades Indígenas em Mato Grosso do Sul”. A iniciativa busca documentar, preservar e disseminar o patrimônio musical das comunidades indígenas, especialmente entre estudantes indígenas da Licenciatura em Música que enfrentam dificuldades para acessar recursos que valorizem suas próprias práticas culturais.

O projeto prevê produção de material didático, oficinas pedagógicas na aldeia e o uso de tecnologia para análise sonora. Com isso, promove não apenas a valorização das expressões culturais indígenas, mas também o empoderamento de professores e lideranças locais como agentes ativos da preservação cultural.

“Esse projeto não só preenche uma lacuna acadêmica, como também contribui com políticas públicas que reconhecem o valor do conhecimento tradicional como parte da construção de um futuro sustentável e inclusivo”, afirma o coordenador da iniciativa.

Equipe da SEAF/Semadesc com o professor William Teixeira (ao fundo) e a acadêmica do Curso de Música da UFMS, a terena Mariana Cabral Nogueira.

Outras propostas abordam temas diversos como saúde indígena, soberania alimentar, turismo rural, empreendedorismo, agroecologia e conectividade digital, demonstrando que tradição e inovação podem caminhar juntas. Com atuação em escolas indígenas, hospitais universitários, aldeias urbanas e rurais, os projetos são exemplos concretos do compromisso estadual com a diversidade e os direitos dos povos originários.

“Neste Dia dos Povos Indígenas, a atuação da Semadesc, SEAF e Fundect mostra que ciência, tradição e tecnologia podem caminhar lado a lado na construção de um Mato Grosso do Sul que respeita suas raízes e planta as sementes de um futuro mais justo, sustentável e diverso”, comenta o secretário Jaime Verruck, da Semadesc.

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