A vacinação é reconhecida como uma das estratégias mais eficazes de saúde pública, contribuindo para prevenir doenças graves, proteger comunidades inteiras e fortalecer a saúde coletiva. Nesse cenário, o Ministério da Saúde lança campanha de comunicação com o tema “Vacinação de rotina: vacina é pra toda vida” . O objetivo é continuar alcançando altas coberturas vacinais, garantindo proteção individual e coletiva contra diversas doenças. A campanha será veiculada em TV, rádio, mídia exterior em lugares de grande circulação de pessoas, em portais online, além de redes sociais.
A vacinação de rotina é fundamental para a proteção continuar ano após ano e contribui para o avanço da eliminação, controle e prevenção de doenças imunopreveníveis como poliomielite , sarampo e rubéola . O Brasil possui o maior programa de vacinação do mundo, com mais de 300 milhões de doses aplicadas por ano. Ao todo, o Ministério da Saúde fornece mais de 30 vacinas gratuitas à população brasileira por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) . Desde o início da atual gestão, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) tem avançado para proporcionar melhor qualidade de vida à população com a prevenção de doenças.
As vacinas podem ser encontradas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de todo o país, garantindo acesso em todas as fases da vida, desde a infância até a terceira idade. “A vacinação é a prioridade máxima do Ministério da Saúde, o que reflete nos nossos números. O aumento da cobertura continua sendo uma realidade. Não se pode falar de desabastecimento de vacina no Brasil”, destacou a ministra Nísia Trindade.
Coqueluche
A nova campanha do Ministério da Saúde será dividida em fases, conscientizando a respeito da imunização para coqueluche , poliomielite, sarampo e tétano. Na última terça-feira (3), a fase de coqueluche já foi ao ar nas mídias de comunicação .
A coqueluche começa como um resfriado comum, com febre baixa, mal-estar geral, coriza e tosse seca. Gradualmente, a tosse se torna mais intensa, podendo causar vômito e dificuldade de respirar. Justamente por isso, crianças menores de seis meses são mais propensas a formas graves da doença, que podem evoluir para pneumonia, parada respiratória, convulsões e desidratação. Em 2024, o Brasil já registrou 13 óbitos pela doença, todos em crianças menores de um ano de idade.
A vacinação é a principal forma de prevenção contra coqueluche. No SUS, em atenção ao Calendário Nacional de Vacinação , ela é oferecida para crianças a partir de 2 meses de vida até menores de 7 anos, gestantes, puérperas (até 45 dias pós-parto) não vacinadas durante o período gestacional e para grupos prioritários: profissionais da saúde, parteiras tradicionais e estagiários da área da saúde.
Para crianças menores de 7 anos de idade o esquema primário recomendado é composto por três doses da vacina penta (aos 2, 4 e 6 meses de vida), com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias (em situações especiais). Reforços estão recomendados aos 15 meses (1º Ref.) e aos 4 anos (2º Ref.), com a vacina tríplice bacteriana infantil (DTP).
Para as gestantes, é indicado uma dose da vacina tríplice bacteriana acelular – tipo adulto (dTpa), a cada gestação, a partir da 20ª semana gestacional, com o objetivo de promover a imunização passiva (passagem de anticorpos por via transplacentária da mãe para o feto) dos recém-nascidos, nos primeiros anos de vida, até que o bebê possa iniciar a sua vacinação.
Para pessoas que apresentam condições clínicas especiais, outras vacinas contra a coqueluche também são disponibilizadas nos Centros de Referências para Imunobiológicos Especiais (CRIE), conforme recomendações do Manual dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais.