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Pai tortura e mata estuprador da filha na Índia

07/11/2014 07h36

Por: Folha de Dourados

Pai convida estuprador da filha para um jantar e queima seus genitais. Caso gerou repercussão na Índia e muitos descrevem o pai como um “herói que fez o que tinha que ser feito”. Ele se entregou e será processado por homicídio

Um indiano de 36 anos torturou e assassinou o homem que acredita ter estuprado sua filha após convidá-lo para um jantar. Vinod Kumar se entregou à polícia e confessou ter preparado uma armadilha para o criminoso que abusou sexualmente de sua filha de 14 anos. A decisão agir contra o agressor depois de descobrir que a jovem estava grávida. As informações são do jornal italiano Corriere della Sera, da CNN e do Índia Today.

O homem, um fornecedor de remédios que vivia na mesma vizinhança de Kumar, em Khajuri Khas, nordeste de Nova Délhi, foi sedado com drogas colocadas em sua comida e bebida. Ele foi amarrado com um lençol de cama e teve as genitálias queimadas antes de ser estrangulado até a morte.
Chocado com a violência contra a filha, ele lançou mão de uma atitude assustadora ao se colocar no papel do Estado e da lei. Preso, vai responder por homicídio.

Segundo o vice-comissário de polícia, R.A. Sanjiv, Kumar declarou à polícia que o estuprador abusou de sua filha há dois meses. Ele não reportou o crime às autoridades porque acreditava que a honra de sua família poderia ser manchada perante a sociedade.

Uma autópsia ainda está sendo realizada no corpo do estuprador. A próxima etapa da investigação é reunir indícios que comprovem as alegações feitas pelo homem, já que confissões a policiais não são aceitas como provas pela Justiça da Índia.

Kumar é casado e pai de quatro filhas e dois filhos. O homem que ele matou tinha 45 anos, era casado e pai de um filho e duas filhas. Segundo a imprensa indiana, o agressor ameaçou a vítima caso ela contasse alguma coisa a alguém. Mesmo assim, ela contou para o pai sobre o crime no mesmo dia.

Estupros na Índia

Casos de estupros têm chamado grande atenção na Índia desde dezembro de 2012, quando uma estudante de 23 anos de idade foi estuprada e assassinada em um ônibus em Nova Déli.
A repercussão mundial do caso levou a Índia a adotar penas mais duras contra o crime, entre elas a pena de morte. Mas, para descontentamento de muitos no país, já se passaram dois anos e os agressores da estudante Déli ainda não foram punidos.

Eles foram sentenciados à morte, mas sua apelação está pendente no Supremo Tribunal Federal. Muitos indianos se ressentem da lentidão do sistema judicial em processos que podem durar anos.

Apesar da nova lei, a notificação de casos de estupro na Índia subiu imensamente – de 24.923 casos, em 2012, para 33.707, no ano passado. Isso significa que, todos os dias, 93 estupros são relatados no país.
Talvez por conta deste cenário, o assassinato em Khajuri Khas tenha gerado simpatia de parte do público pelo pai, com muitos dizendo que fariam o mesmo.

Depois que a história foi relatada pela primeira vez, no fim de semana, muitos descreveram o assassino confesso como “herói”, que “fez o que tinha que fazer”.

Outros expressaram a esperança de que ele escape de uma punição mais severa.

Casos de estupros têm chamado grande atenção na Índia desde dezembro de 2012, quando uma estudante de 23 anos de idade foi estuprada e assassinada em um ônibus em Nova Déli. Incidente ganhou repercussão mundial (reprodução)

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