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Parceria entre universidades e Fiocruz vai monitorar qualidade da água em MS

Uma equipe voltada ao monitoramento de qualidade ambiental e das águas em Mato Grosso do Sul, com foco na presença de agrotóxicos, está sendo formada pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Como primeiro passo, o Laboratório de Qualidade Ambiental (Laqua), da Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia (Faeng) da UFMS recebeu na semana passada, uma visita técnica de representantes das demais instituições, com o objetivo de iniciar as tratativas para implementação da rede.

UFGD

Participante da reunião técnica, o reitor da UFGD, Jones Dari Goettert, vê com otimismo a parceria interinstitucional, pois segundo ele, permitirá o cumprimento da missão social das universidades.

“É fundamental a integração entre universidades para termos uma atuação social, que é o nosso papel, de pensarmos os territórios diferentes do Estado, a partir da premissa básica que é contribuição dessas instituições para a qualidade de vida da população, seja a população humana, animal ou vegetal”, diz Jones Goettert.

Rio Dourados

O médico e superintendente estadual do Ministério da Saúde, Ronaldo de Souza Costa, participou do encontro e explicou que a ideia da rede surgiu a partir da ocorrência de contaminações por agrotóxicos em populações urbanas da cidade de Dourados.

“Essa iniciativa partiu da nossa observação em relação às alterações nos pacientes que eu atendia como médico do trabalho. Eles começaram a apresentar alterações nos seus exames de sangue, de urina e exame oftalmológico. Fiquei muito preocupado e procurei investir na investigação sobre a causa daquele processo”, destacou Ronaldo Costa.

Segundo o superintendente, o Ministério Público Federal pediu análise das amostras de água do Rio Dourados, da estação de tratamento e da torneira, e verificou inicialmente que tinham duas substâncias, dois tipos de agrotóxicos.

“Estamos expostos a uma série de substâncias químicas […] A gente precisa ter a possibilidade de mostrar quais as alterações que isso causa. Esse agrotóxico gera uma bioacumulação que gera um dano difícil ainda de estimar. Então, a gente vê a possibilidade dessas instituições interagirem de forma muito positiva no sentido de montar essa rede de monitoramento”, conclui Costa.

Laboratório da UFMS

O Laboratório de Qualidade Ambiental (Laqua) realiza pesquisas e análises sobre a qualidade e potabilidade da água, assim como a investigações sobre impactos em águas naturais superficiais e subterrâneas, tratamento de água e efluentes domésticos e industriais. Na rede, o laboratório vai representar a UFMS nas análises de monitoramento da existência de agrotóxicos em amostras coletadas no Estado. 

“O Laboratório de Qualidade Ambiental possui uma equipe de pesquisadores e técnicos totalmente qualificados, que atuam em projetos de pesquisa de ensino e de extensão. O estabelecimento dessa parceria é também um reconhecimento dos pesquisadores que temos, de todo esse trabalho que é feito pelos pesquisadores da nossa Instituição, em especial nessa área da qualidade da água, a qualidade do meio ambiente”, pontua o diretor das Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia (Faeng), Robert Schiaveto de Souza. (Com informações da UFMS/Fiocruz).

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