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Preocupação com juros, tributos e baixa demanda aumenta entre empresários industriais

A demanda interna insuficiente foi o problema que mais aumentou para os industriais no primeiro trimestre de 2025. Os dados são da Sondagem Industrial, divulgada nesta quarta-feira (23) pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). O entrave, que no último trimestre do ano passado ocupava a quinta posição no ranking dos principais problemas enfrentados pelo setor, agora divide a segunda colocação da lista com as taxas de juros elevadas.

O levantamento mostra que a alta carga tributária segue como a principal preocupação dos empresários. O gerente de análise econômica da CNI, Marcelo Azevedo, afirmou que a queda da procura por bens industriais é consequência de fatores como a alta taxa de juros e a diminuição dos gastos públicos.

Ele explica que o problema pode impactar a tomada de decisão dos industriais. “A alta demanda é o que sustenta a atividade industrial, porque ela requer mais produção, emprego e investimentos. Quando o empresário percebe uma menor demanda, ele fica mais receoso em fazer esses movimentos”, avalia.

Ao todo, 33,3% dos industriais citam a elevada carga tributária como um dos três principais problemas enfrentados. Antes, a porcentagem era de 30,6%.

O estudo indica ainda que a preocupação com a taxa básica de juros, a Selic, saltou de 25% para 27,1% do total de empresas, enquanto o problema da demanda interna insuficiente cresceu 4,8 pontos percentuais, de 22,3% para 27,1% do total de empresas.

A falta ou o alto custo de trabalhadores qualificados e de matéria-prima fecham a lista dos cinco principais obstáculos citados pelos empresários, com 22,4% e 21,3% do total de empresas, respectivamente.

Piora nas condições financeiras da indústria

Entre o último trimestre de 2024 e o primeiro trimestre deste ano, os empresários demonstraram uma piora na percepção sobre a saúde financeira de seus negócios. O índice de satisfação com a situação financeira das empresas recuou 2,1 pontos, passando de 50,9 para 48,8.

Já o nível de satisfação com o lucro operacional caiu de 45,8 para 43,8 pontos, aprofundando ainda mais a insatisfação dos industriais em relação à rentabilidade de suas atividades.

No primeiro trimestre de 2025, os empresários relataram maior dificuldade para acessar crédito. O índice que mede essa percepção caiu 1,6 ponto em comparação com o quarto trimestre de 2024, recuando de 42 para 40,4 pontos. O resultado indica um ambiente financeiro mais restritivo, com acesso ao crédito ainda mais limitado para as empresas.

Desempenho da indústria recua em março

Após resultados positivos em janeiro e fevereiro, a indústria registrou sinais de retração em março. O índice de evolução da produção ficou em 49 pontos, abaixo da linha dos 50, o que indica queda na produção em comparação ao mês anterior. É a primeira vez desde 2020 que a atividade industrial apresenta recuo em um mês de março.

A mesma tendência foi observada no índice de evolução do número de empregados, que fechou o mês em 49,2 pontos, sinalizando redução no total de postos de trabalho. Trata-se também da maior queda para esse indicador em um mês de março desde 2020.

(Com informações R7)

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