O empresário bolsonarista de Belo Horizonte (MG) Esdras Jônatas dos Santos, que está foragido nos EUA após deixar o Brasil depois de ser investigado como um dos financiadores e organizadores dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, alegou que está comendo lixo para sobreviver no exterior e tentou vender um Porsche avaliado em R$ 400 mil em suas redes sociais.
Esdras Jônatas dos Santos fugiu para os EUA com a ex-esposa, Kathy Le Thin Thanh My dos Santos. Ambos possuem mandados de prisão em aberto no Brasil, estão com as contas bancárias bloqueadas, os passaportes cancelados e proibidos de utilizar suas redes sociais.
De acordo com o “UOL”, o empresário utilizou seu perfil no Instagram, mesmo após determinação da Justiça que o proibia de fazê-lo, para tentar vender um Porsche pela metade do preço em uma concessionária de Belo Horizonte.
Segundo as autoridades brasileiras, Esdras foi um dos organizadores de um acampamento montado em frente ao 4º Comando do Exército, na capital mineira, como uma tentativa de conseguir apoio dos militares ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Na ocasião, quando as forças de segurança desmontaram as estruturas, o empresário foi visto chorando e acusado de agredir e roubar jornalistas que cobriam o acontecimento.
A desobstrução dos acampamentos foi ordenada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, que também aplicou uma multa de R$ 100 mil a Esdras e também aos proprietários de veículos presentes no local que não cumprissem as ordens.
Antes de se tornar foragido, o empresário fazia vídeos dentro de seu Porsche convocando manifestantes e proferindo ofensas a agentes da segurança municipal. Esdras também publicava nas redes sociais imagens suas em viagens nacionais e internacionais, com destinos como Trancoso (BA), Rio de Janeiro (RJ), Miami, nos EUA, Tulum, no México, e Paris, na França.
Atualmente, Esdras usa as redes sociais para dizer que está na miséria e vive de favores nos EUA, sem trabalho e conhecimento em inglês. Apesar de não participar diretamente dos atos golpistas do 8 de janeiro, o empresário acompanhou a saída de um ônibus que tinha como destino Brasília no dia do ocorrido.
O homem foi investigado pela Polícia Civil de Minas Gerais por roubo e agressão, mas agentes da corporação que cumpriam mandados de prisão e busca e apreensão em fevereiro do ano passado não encontraram ninguém ao chegarem na residência de Esdras, localizada no bairro Santa Amélia, em Pampulha. Na ocasião, as autoridades consideraram o empresário como foragido e supuseram que ele havia deixado o País.
Além das investigações de agressão e roubo contra o empresário, Esdras e a ex-esposa são suspeitos de incitação ao crime, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado por ocasião do 8 de janeiro.
*Com informações do Estadão
