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Quem ganhou e quem perdeu: Marçal goleou turbinado pelo rádio, bolsonarismo e Governo

Quem ganhou e quem perdeu

Erminio Guedes – Consultor –

Depois da poeira baixar, vamos à eleição de 6 de outubro. Falar de quem ganhou e de quem perdeu, enfim do que esperar daqui para frente.

Ganhou o centro (PSD, MDB, UNIÃO, PP, REPUBLICANOS e outros) e perdeu a esquerda (PT, PDT, PSB e Cia) e a extrema direita (PL, AVANTE e outros), O centro desidratou a esquerda e a direita, ficando longe dos votos de Lula e Bolsonaro, de 2022. Dos partidos, o grande derrotado foi o PSDB, que perdeu 6 milhões de votos. O ganhador foi o PL, que ampliou em 11 milhões de votos e pode ficar com a maioria das capitais. 

O eleitor progressista, saturado pelos extemos, voltou ao centro e deixou o PT com menos de 9 milhos de votos. PT e aliados, perderam com o governo na mão, somando perto de 25 milhões de votos, longe dos 60 milhões de Lula em 2022. Em Fortaleza, Porto Alegre e São Paulo de Boulos (Psol), o PT terá de se mexer para não perder para o bolsonarismo e ficar sem nenhuma capital.

Há de se entender a situação do PT (Lula) encurralado no Governo, pelo Centrão. Na linguagem popular, “vão os anéis e ficam os dedos”. Mesmo assim, a história poderia ser diferente. O PT não precisava ter jogado a água da bacia pela janela, com a criança dentro e ficar no risco em 2026.

Aqui, em Dourados deu o obvio. O prefeito Alan em situação difícil na população e Marçal ganhou de goleada, turbinado na popularidade radiofônica, bolsonarismo e pelo Governo do Estado. Na Câmara Municipal, também o previsível, com renovação de 50%, os vencedores eleitos somaram 37.765 votos, ou 30% dos votos válidos. Uma melhora de 5% na representatividade, em relação a 2020.

O que espera daqui em diante, dos que ganharam e dos perderam? Em nível nacional, o gado, sem marca e sinal, pulou a cerca e não tem mais dono. A extrema direita busca um líder, porque Bolsonaro está na condição de leproso. O PSDB no estertor, poderá migrar a outra legenda, talvez o PL, a depender dos tucanos do MS e do RS, indo nas enchentes.

Os partidos de centro liderados pelo PSD, MDB, PP e União, respectivamente, com 882, 856, 748 e 585 prefeitos e milhares de vereadores, com certeza, irão se organizar para ter candidato próprio à Presidência da República, governadores e formar bancadas legislativas gigantes, em 2026. O PT e parceiros terão de se reinventar. A esquerda encolheu e chegará fraca em 2026. O Presidente Lula, se for à reeleição pode ganhar, mas estará mais travado no centro, pelas bancadas federais (Câmara e Senado), governadores e deputados estaduais, eleitos em 2023/2024.

A eleição do dia 6 poderia ter mudado o quadro, mas, a vaca escapou com a corda. O centro cresceu e a esquerda diminuiu. O centro reunirá mais de 50% das prefeituras do País e 50 milhões de votos. A direita (PL), também cresceu elegendo 512 prefeitos, com 15.7 milhões de votos. Aí, quando vejo petistas conformados nos resultados de 248 prefeituras e 8,9 milhões de votos, entendo o atordoamento geral.

Em Dourados, Marçal deve manter uma certa autonomia, como é do seu perfil, vaidoso e fechado. Dará certo? Não sei e só o tempo dirá. No entanto, para entender a complexidade do seu papel, precisará descer o degrau, cercado por equipe qualificada, sob pena de fracassar. A situação é grave e a cidade precisará de novos marcos, exigindo do prefeito um rito gerencial inovador, fora da liturgia tradicional do cargo.

Enquanto isso, nós, os comuns, estaremos aqui para apontar erros e sugerir soluções, torcendo ao gestor acertar. Afinal, a esperança é a última que morre.

Pensem nisso!

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