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Racib Harb: ‘Minha pré-candidatura a prefeito é cem por cento diferente das demais’

Redação Folha de Dourados –

O farmacêutico-bioquímico Racib Panage Harb é douradense de nascimento. Filho de pai libanês e mãe brasileira, começou a despertar o gosto pela política quando, ainda com catorze anos, foi líder de sala no então Educandário Santo Antônio. Já disputou por três vezes o cargo de vereador (2004, 2008 e 2012), uma vez para para prefeito de Dourados (2020) e uma para deputado estadual (2022).

Nessa entrevista exclusiva à Folha de Dourados, demonstra grande segurança ao falar de sua pré-candidatura a prefeito para as eleições deste ano, desta vez pelo NOVO, bem como de seu pensamento sobre diversos aspectos da vida pública, como por exemplo: escolha do secretariado, enxugamento da “máquina” administrativa, necessidade de Parcerias Público Privadas (PPP) para alguns setores, meritocracia no serviço público, responsabilidade e austeridade fiscal, entre outros pontos.

Folha de Dourados – Fale um pouco sobre suas origens.

Hacib Harb – A minha origem vem do Líbano. Meu pai é libanês e com dez anos, veio para o Brasil. Então, eu tenho pai libanês e mãe brasileira. Meu pai a conheceu no Estado de São Paulo, em Dracena. Ele era jogador de futebol, era goleiro. E aqui era muito forte o esporte amador. Meu pai era mascate, como todo bom libanês e árabe. Gostava da lojinha, né? Aqui ele começou com lojinha e a jogar futebol também. Passou pelo Operário, pelo Rodoviário, antigo Saudade e o Ubiratã. E eu nasci aqui em Dourados, em 1970. Tenho 54 anos, sou farmaceutico bioquímico, saí daqui só para estudar e acabei retornando. Servi um ano no Exército, no 28º Batalhão Logístico.  Na faculdade, eu tinha já essa veia política, de Diretório Acadêmico, presidente de sala… E a primeira lembrança que eu tenho é que eu fui presidente de sala na quarta série, no antigo Educandário Santo Antônio, que era anexo ali à Igreja Matriz. E gostei disso. Na volta para Dourados comecei a procurar um partido político para fazer minha militância, e a frequentar a Câmara de Vereadores.

“Na faculdade, eu tinha já essa veia política, de Diretório Acadêmico, presidente de sala”

Então, seu interesse pela política se despertou como estudante…

É, na faculdade. E como eu formei farmácia bioquímica, nós começamos a ver que o serviço aqui era muito precário. E eu comecei a frequentar a Câmara e lutar pela minha categoria. Como farmacêutico, logo procurei me filiar e lutar pela profissão porque aqui era, digamos assim, um pouco “terra sem lei”. Farmacêutico não ficava na farmácia… Foi quando comecei a militar e a politicar também na defesa desses interesses. Assim, acabei me enveredando pela militância política.

“Cumpri todas as etapas do processo que existe para se filiar ao NOVO. Por isso, estou habilitado a ser pré-candidato a prefeito por esse partido”

Por que escolheu o Partido NOVO?

O NOVO foi fundado em 2015. Lá atrás, nós participamos da fundação dessa sigla. Porque ele veio com aquela pegada de partido independente, com a mensagem de que não teria caciquismo, que iria valorizar a meritocracia, com metas, bem estabelecidas. Pregava o não uso do Fundão. Hoje isso foi revisto, porque se constatou que não tem como competir de igual para igual com os demais partidos que usam essa forma, ainda mais depois que acabou o financiamento por parte das empresas privadas. E a “paquera” foi em 2015, 16, 17, 18, e deu certo agora em 2024, quando acabamos nos filiando. Fiz todo o processo seletivo [para a filiação], que é em três etapas: uma entrevista, um questionário de 40 perguntas sobre diversos temas nacionais, estaduais e municipais. Uma entrevista de uma hora e meia com o Diretório Nacional. E, por fim, tem uma banca, com a apresentação de um mini plano de governo com os temas que eles estabeleceram. É uma banca junto ao Diretório Estadual e Nacional e ao Instituto, que é a Fundação do Partido NOVO. Então, nós cumprimos todas as etapas e logramos êxito. Portanto, estou habilitado a ser pré-candidato pelo NOVO.

Como surgiu essa decisão de você ser pré-candidato a prefeito? É uma vontade própria, ou existe um grupo político que vai lhe dar essa sustentação?

Na verdade, essa vontade nasceu a partir de 2012, quando eu fui candidato a vereador.  Já tinha sido por outras duas vezes, em 2004 e 2008. Em 2012, falei: não vou ser mais candidato a vereador. Porque nessa época eu já fiscalizava, digamos assim, o poder público. Através de Diário Oficial e de sites, a gente puxava, fazia denúncias e tudo mais. Entre 2012 e 2020, nós trabalhamos nessa candidatura de prefeito. Em 2014, passamos sem candidatura. Em 2016 também passamos. Tínhamos um partido na mão, mas perdemos o partido porque lá atrás, era aquele conchavo, eram 90 dias de campanha. Então, vinha tudo embalado lá de Campo Grande, as decisões eram tomadas lá. Então, no município, você tinha uma decisão, mas você tinha que apoiar quem eles quisessem. Em 2016, o nosso grupo resolveu ficar fora. O ano de 2018 foi a época dos movimentos de rua. Nós abraçamos, aqui em Dourados, a liderança desses movimentos, entre eles, o “Vem pra rua”, “Acorda Dourados”, e “Desperta Dourados. Estivemos à frente do impeachment da Dilma, com aquelas manifestações na praça. E coincidiu de a gente poder organizar a vinda do Bolsonaro para cá, em fevereiro de 2018. E nós tivemos uma reunião na sede, com ele, pois em 2018 ele seria candidato. Até então, ele já tinha se definido pelo PSL. E nessa reunião, na sede, ficou pré-acordado que Dourados teria um candidato a senador, que é o sonho da cidade, e Campo Grande teria o seu, pelo PSL. Mas por questões de Campo Grande, eu acabei não me filiando ao PSL, e continuei seguindo meu caminho. Não fui candidato a nada em 2018, e projetei para 2020, trabalhando com afinco para conseguir um partido que me desse aquela carta branca para ser candidato. E, lógico, com todo o nosso grupo que caminhava junto, no qual temos professores de educação física, o Leandro, o Giovanni, que é do Operário, então esse pessoal, o [atual vereador Rogério] Yuri… Nós caminhávamos juntos com esse propósito: apresentar uma candidatura diferente das que vinham sempre sendo colocadas em Dourados. Porque nós entendíamos que era tudo do mesmo grupo. Eu costumo dizer que é tudo “farinha do mesmo saco”: briga aqui, briga lá, mas na verdade estão todos juntos. Sempre do grupo sai uma ramificação, mas não se perde os laços. E a gente queria mostrar isso para o eleitor. Foi quando conseguimos o Partido Republicano, que nos deu a missão de montar uma chapa de vereadores e, consequentemente, uma chapa para prefeito. Isso foi em 2020. Conseguimos montar a chapa com os planos A, B, C e D, sabendo dos percalços que poderiam acontecer nessa caminhada e chegamos [à eleição] com a chapa pura que foi [com os candidatos a] prefeito e vice do Republicano.

“Minha pré-candidatura é cem por cento diferente. A começar pelo partido. O NOVO não tem cacique. O partido tem um comando técnico”

E qual foi o resultado eleitoral?

Fizemos 7.900 votos para vereadores, elegemos um vereador eu tive a grata satisfação de fazer 11.410 votos, ganhando, inclusive, do candidato do Bolsonaro, que foi o Mauro [Thronicke], que fez 10 mil e pouco. Então, perdi a eleição? Perdi. Mas mesmo perdendo, a gente sempre sai com algum ganho eleitoral.

Para as eleições deste ano, já temos nove pré-candidatos à Prefeitura, incluindo o seu nome. Em que aspect sua pré-candidatura se diferencia das demais?

Minha pré-candidatura é cem por cento diferente. A começar pelo partido. O NOVO não tem cacique. O partido tem um comando técnico. Ganhando uma Prefeitura, nós contamos com uma assessoria técnica do NOVO nacional, que vai nos auxiliar no mandato. Os nossos quinze candidatos a vereadores são todos novos, assim como o nome do Partido. Nenhum passou pelo crivo das urnas, ainda. Temos a consciência de que podemos obter um êxito satisfatório, elegendo um ou dois, e sabendo também que podemos nem atingir a cláusula do quociente eleitoral. E a nossa candidatura vai trazer para o debate questões técnicas de gestão pública, como o equilíbrio, responsabilidade e austeridade fiscal. Eu estavam olhando meu plano de governo de 2020; é muito realista para 2024. Você pode mudar pouca coisa. Até eu vi a entrevista da Bela [na Folha de Dourados] na qual ela disse que o plano dela, de 2004, ainda retrata uma realidade que Dourados ainda apresenta. Então, naturalmente, se você olha para trás, conclui que as administrações patinaram muito. E se você analisar, verá que nenhuma delas teve um grande êxito. Qual o legado que ficou? Do Ari Artuzzi, ficou a [rodovia] Perimetral Norte. E olha que ele ficou um ano e meio, dois anos, na Prefeitura. Murilo: qual o legado que ele deixou? Délia Razuk, qual o legado que ela deixou? Alan Guedes, qual o legado que ele está deixando para Dourados? A gente analisa o [ex-prefeito] Braz Melo, que teve a sua primeira administração excelente… Hoje, ninguém fala “Monumento ao Colono”, e sim, “Mão do Braz” Então, nós temos essa pegada técnica, de que vamos fazer uma gestão técnica, com redução da máquina pública.

“Vamos trazer para o debate questões técnicas de gestão pública, como o equilíbrio, responsabilidade e austeridade fiscal”

Falando em máquina pública, qual sua visão sobre o funcionalismo público municipal em Dourados?

Hoje, Dourados conta com 9.500 funcionários. É um absurdo ter tudo isso. Tem 650 cargos comissionados. Nós acreditamos que você consegue tocar uma Prefeitura com, no máximo, 200 comissionados. Nós temos técnicos, dentro da Prefeitura, que podem exercer papel de secretários, de gerentes, de supervisores. Então, lógico que nós precisamos também da política. Não podemos esquecer o lado político.

Ao dizer que é um “absurdo” Dourados ter 9.500 servidores, qual a sua proposta para essa questão?

O enxugamento da máquina é uma coisa que é obrigação do próximo prefeito. Em 2020, nós colocamos a proposta na mesa: queríamos fazer um PDV – Plano de Demissão Voluntária, ou PDI – Plano de Demissão Incentivada. É preciso fazer alguma coisa para enxugar essa máquina. Qual o número ideal que seria de servidores na Prefeitura de Dourados? Ah, eu acredito que seriam cerca de seis mil servidores. Mas nós temos quatro mil e pouco na Educação, e dois mil e pouco na Saúde. Mas e o resto? Por exemplo, nós temos muitos funcionários com desvio de função. O cara fez um concurso há 20 anos para auxiliar administrativo. Nesse tempo ele fez faculdade, se formou e hoje está desviado de função, está exercendo um outro cargo. E está ganhando, às vezes, cerca de 10, 15 mil reais, quando, na verdade, o serviço dele é administrativo. Então, se eu conseguir levá-lo ele de volta para função original, ou chamar um concursado novo… olha o quanto que se consegue economizar. Mas é preciso ter um bom PDV ou PDI. Porque eu vou ter que dar vantagens para incentivá-lo a aderir a um plano de demissão. Geralmente, serão com servidores com mais de quinze anos de serviço público que a gente vai trabalhar. Às vezes tem muito servidor que está de “saco cheio”, não quer mais. Já se estabeleceu aqui fora, na iniciativa privada, e está só esperando a aposentadoria… então, quem sabe, é um mecanismo que a gente possa trabalhar para enxugar essa máquina. Outra coisa: vamos enxugar comissionados e contratados e mexer no plano de cargos de carreiras. Essa é uma ferida que tem que ser tocada. A cada administração, ninguém tem coragem de mexer no plano de cargos. Alguém pergunta: você vai tirar direitos adquiridos? Não, não vou tirar direitos adquiridos. Mas eu posso rever direitos não reais com os cargos que determinado servidor exerce.

 “A gente sabe que há dinheiro suficiente para tocar, e muito melhor do que se toca hoje, a Prefeitura de Dourados”

Com qual espectro ideológico o NOVO se identifica? Direita, esquerda…

O NOVO é partido técnico, não tem muitas amarras, ou conchavos políticos. Ele prefere ser independente do que caminhar, às vezes, aliado a A, B, C ou D. Existe, em âmbito nacional, uma aproximação muito forte com blocos da direita, porque hoje nós não temos uma direita estabelecida a nível nacional. Nós temos uma direita conservadora, uma direita que é mais radical, temos uma direita que gosta de andar ali com o “Centrão”, e temos uma direita liberal, que é a proposta do NOVO, na questão da liberdade econômica, do mercado aberto. Além disso, pregamos que o indivíduo é responsável por seus atos. Cada um responde igual, perante a lei e a liberdade de manifestação. O partido não vai interferir, se você é católico, protestante, etc., mas ele tem suas bandeiras e valores.

Como assim?

Em relação à questão individual, cada um responde, mas a pessoa não pode infrigir ou passar por cima de valores que o partido tem. E eu me identifico com esse pensamento desde 2015. Eu sempre gostei dessa forma de agir, até mesmo pelo serviço que eu fazia, de fiscalização. Então eu trouxe muito isso comigo, essa coisa de fiscalizar a máquina pública. E a gente sabe que há dinheiro suficiente para tocar, e muito melhor do que se toca hoje, a Prefeitura. Se você conseguir fazer um enxugamento da máquina pública, imagina no que Dourados pode se transformar, em um verdadeiro centro de referência do Estado que somos. E retomar alguns lugares que nós perdemos nesse espaço de tempo.

“O Estado deve fazer saúde, educação e segurança. Em outras áreas tem que ser em parceria com a iniciativa privada, para conseguir melhores resultados”

O Senhor disse que para ingressar no NOVO tem um teste inclusive elaborou, tem um pré-programa de governo. Quais propostas poderia destacar, desse pré-projeto?

O NOVO tem como valores que o Estado deve fazer saúde, educação e segurança. Isso é obrigação do poder público. Em outras áreas, ele fala que tem que ser em parceria com a iniciativa privada, porque é onde a gente vai conseguir melhores resultados, tanto para a máquina, como para o cidadão. Recentemente, está sendo discutido lá em Brasília, até a privatização de algumas praias de domínio federal. Qual o intuito disso? Talvez, uma geração maior de emprego. Trazendo isso para a nossa realidade, eu digo:  por que não privatizar os nossos parques ambientais? De que forma?  [Por meio da] gestão compartilhada, com o município tendo poder de decisão nessa gestão. Lógico que ele não vai falar:  você vai vender um refrigerante dentro do parque a dois reais… é preço de mercado, e ele vai fiscalizar, sem venda de bebida alcoólica. E ele vai tirar proveito do serviço que colocar para a população. Defendemos um modelo de PPP, Parceria Pública Privada, onde nós daríamos uma concessão, por um determinado tempo, com uma série de condições, sendo que o Município poderia dar ao cidadão, por exemplo, um dia livre de acesso ao parque, sem cobrança de entrada. Assim, vamos gerar emprego e tudo mais. Outras formas que poderiam ser instituídas são o vale-creche, vale-saúde, vale-medicamento, serviço de telemedicina. A PPP pode ser aplicada em diversos setores. Por exemplo, nós temos o [Estádio] Douradão, que está ocioso. Quem vai tocar essa estrutura? O município não está em condições. Vai tirar da saúde ou da educação para colocar ali? Então, tem que ser um projeto a quatro mãos, com o Município, Estado, governo federal e todos os políticos de Dourados e, por que não, de Mato Grosso do Sul. Nós temos oito deputados federais e três senadores. São onze. Se cada um der um milhão para Dourados, a gente consegue investir ali onze milhões. Mas, para isso, tem que ter projeto. E tendo um projeto bem realizado, bem embasado, fica mais fácil se conseguir recursos em Brasília.

Onde o senhor vai buscar os recursos humanos para a formação do seu secretariado?

Eu quero buscar primeiramente, nos servidores. Quero ter uma reunião com os servidores, principalmente com aqueles que estão há mais tempo nos cargos, nos setores. Quero ter essa conversa técnica com eles. Quero explicar que é benéfico para eles a médio e longo prazos porque eles estão cuidando do próprio dinheiro deles, que eles dependem de um bom serviço prestado. Eu acredito que dos sete mil servidores efetivos, a gente consegue cerca de cinquenta, cem pessoas técnicas, que queiram realmente exercer, mas sem colocarmos um comissionado acima deles. Lógico, pode acontecer de um servidor falar: não quero ser secretário, não quero ser ordenador de despesa, mas quero atuar no segundo escalão. Então, a gente tem que procurar impor essa pessoa. Lógico que vamos ter convidados para poderem participar com a gente, como economistas, administradores, etc. E vamos buscar também na iniciativa privada, pessoas que queiram contribuir de alguma forma. Às vezes, um rendimento de R$ 17.000, ele tira na empresa dele, aqui fora. Mas se ele construiu uma vida já com 20, 30 anos em Dourados, talvez ele queira devolver um pouco do que ele ganhou, para o município. Então, primeiramente, é essa conversa que vai acontecer. Quanto à formação do secretariado, cada pasta vai ter que me dar três nomes de servidores. E eu vou ter os nomes meus, também. Se em determinada pasta, nós entendermos que aquele servidor é o que melhor atende, até mesmo em relação ao nosso indicado, eu acredito que a escolha vai recair sobre o primeiro. Por exemplo, em relação à Guarda Municipal: Na campanha passada, me reuni com várias categorias e a Guarda foi uma delas. E eles me questionaram como seria a indicação do próximo comandante. Falei: vocês vão me dar cinco nomes, sendo que nenhum deles pode já ter sido comandante. Eu quero cinco nomes de pessoas novas, para que a gente poder nomear o que nós considerarmos o melhor. Vamos chamar os mais antigos para opinarem nessa escolha, também.

“O Douradão está ocioso. Quem que vai tocar essa estrutura? O município não está em condições. Então, ali tem que ser um projeto a quatro mãos”

Mas e o espaço para apoio político? Por exemplo: o partido quer te apoiar, mas também quer comandar segmentos da administração. Vai ter espaço para isso?

A ideia é assim: no primeiro dia de governo, na segunda-feira, Hassib prefeito, não vai fechar as portas para nenhum adversário que perdeu a eleição. Todos os políticos serão chamados. Deputados estaduais, deputados federais. Lógico que iremos fazer gradativamente. Mas a nossa intenção é conversar com todos. Vamos sentar com o governo do Estado, porque nós dependemos dele. Chamaremos todos os ex-prefeitos de Dourados, será montado um conselho; chamaremos a ACED, CDL, todas as categorias serão envolvidas. Vamos ouvir todas as pessoas e vamos ouvir todos os presidentes de partidos, sem exceção. Todos os vereadores serão chamados.  Mas a ocupação de cargos não vai ser como a gente escuta hoje: que tem vereadores com 50, 70 cargos na Prefeitura. Isso não vai existir. Vou pedir para que todos indiquem, sim, funcionários, porque são munícipes também, mesmo que não tenham sido eleitores do Hassib, ou seja, foi um eleitor do Marçal, ou foi um eleitor do Alan, mas eu vou ter que atender, eu vou ter que olhar pra todo mundo. Então, é um grande desafio de diálogo, mesmo, com todos os entes políticos de Dourados. Outra missão do próximo prefeito de Dourados será a de liderar o movimento para eleger o nosso senador em 2026, independente do partido que ele for.

“Não vamos fechar as portas para nenhum adversário que perdeu a eleição. Todos serão chamados. Chamaremos todos os ex-prefeitos de Dourados; será montado um conselho”

E as conversações sobre alianças, candidatura a vice, apoios partidários, como está isso?

Estamos conversando com o [radialista] Marçal [Filho], nós vamos ter uma reunião, vamos escutar as propostas que ele tem para Dourados. Recentemente, fomos convidados para conversar com a [pré-candidata a prefeita] Gianni [Nogueira], também, para fazer um alinhamento. Qual é a ideia? Primeiramente, é ver se os partidos têm alinhamento político, ou se tem muita distorção ideológica. No segundo momento, qual a proposta de A ou B, daqui para lá, ou de lá pra cá, que é a ideal? E depois disso, nós vamos sentar e vamos ver se é benéfico caminharmos, ou abandonarmos a candidatura a prefeito, vindo a compor uma chapa, caso se atendam os nossos pré-requisitos. Mas se virmos que não tem essa pegada técnica, não tem essa coisa de redução de cargos, não tem o enxugamento da máquina, para nós não é interessante. Então, o NOVO tem outros nomes que podem ser indicados para a candidatura a vice, que estão fazendo o processo de formação. A prefeito, fui o único que fez a inscrição. Nós temos mais dois ou três nomes que podem ser candidatos a vice. E o Racib pode vir até ser um candidato a governador. Mas para isso nós temos prazo até 30 de junho. Então, se até 30 de junho não encaixar nada, não engrenar nada, e o NOVO vir que vamos para a disputa, que é a nossa maior chance, vamos disputar com chapa pura.

Algum recado para o eleitor douradense?

Só quero questionar o eleitor que reclama nas mídias sociais, porém, muitas vezes, não faz o que deve ser feito. E deixar o recado para o eleitor que se você vender o seu voto, pode esquecer, porque você não tem direito de cobrar nada. Nem consulta para o seu filho, nem vaga em creche, nem segurança, nem iluminação pública. Também quero pedir para todos os candidatos, que promovam uma campanha limpa, sem ataques, sem baixaria… porque a gente até se preocupa pelo nível do que se escuta nos bastidores. Vamos torcer para que o eleitor faça a melhor escolha no dia, e que a próxima administração tenha o melhor prefeito ou a melhor prefeita da história de Dourados. E, passadas as eleições, vamos torcer para a melhor gestão, seja quem for o eleito ou eleita.

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