Juca Vinhedo –
“Nós devemos aos nossos credores dinheiro. Dinheiro se paga com dinheiro. Não se paga dinheiro com a fome, a miséria e o desemprego dos cidadãos brasileiros.” (Itamar Franco, presidente do Brasil no período de 1992 a 1995).
Almofada no muro
Informações de bastidores dão conta de que o ex-governador Reinaldo Azambuja, presidente estadual do PSDB-MS, vai deixar a sigla em janeiro próximo para se filiar ao PL – Partido de Jair Bolsonaro – do qual já vai entrar como presidente regional. A estratégia seria sair candidato ao senado pela nova sigla em 2026.
Ainda no muro
Quem também estaria de saída do PSDB – rumo ao PSD, do ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, ou ao PP, da Senadora Tereza Cristina – é o atual governador Eduardo Riedel. O mandatário estadual desconversa, afirmando que o PSDB “é um partido que está absolutamente preparado, com bons quadros, para enfrentar os grandes temas e as discussões nacionais”.
Agora vai
Outro que tem anunciado aos quatro cantos do Estado que desta vez deverá ser mesmo candidato a senador é o deputado federal Geraldo Resende (PSDB). A avaliação que muitos fazem é que a eventual saída de Reinaldo Azambuja do partido para ser candidato ao Senado pelo PL, abriria brecha para Resende disputar uma das vagas, com apoio da cúpula do PSDB nacional.
Dinheiro sobrando?
O vereador Mauricio Lemes (PSB) apresentou requerimento na sessão de segunda-feira (18) da Câmara, solicitando da Prefeitura informações com relação à situação atual do contrato de reforma do Teatro Municipal de Dourados. O vereador se disse preocupado com as informações da imprensa de que o Município pode perder os R$ 3,6 milhões alocados pelo Ministério do Turismo para a obra.
Precisa se explicar
Quais documentos ainda precisam ser entregues ao Ministério do Turismo, ou regularizados para a continuidade do processo? Qual o cronograma detalhado para o início e conclusão da obra de reforma? São perguntas que o Município precisa responder em relação à possível perda de recursos para a reforma do Teatro Municipal de Dourados.
Anistia sepultada
A trama revelada pela Polícia Federal, que consistia no assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sepulta o projeto de lei que prevê anistia para os golpistas que depredaram as sedes dos três poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023. A opinião é dos deputados federais Camila Jara e Vander Loubet, ambos do PT-MS.
Não é comigo
Os deputados federais Dr. Luiz Ovando (PP), Marcos Pollon e Rodolfo Nogueira, do PL, além da senadora Tereza Cristina (PP) não omitiram opinião sobre as revelações de que houve um plano para matar Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes. Os tucanos Beto Pereira e Dagoberto Nogueira também não se pronunciaram; Geraldo Resende emitiu uma nota à imprensa, condenando o que classificou como “trama odiosa”. Já o senador Nelsinho Trad (PSDB) ficou em silêncio.
“Vergonhosa ilusão”
Ainda sobre a tentativa de assassinato do presidente Lula, do ministro Alexandre de Moraes e do vice-presidente Geraldo Alckmin, a senadora Soraya Thronick (PODEMOS), postou: “Infelizmente muitos brasileiros continuam vivendo sob uma dissonância cognitiva coletiva, mas seguirei de mãos dadas com a Verdade que, cedo ou tarde, prevalece. Que os reféns da seita bolsonarista acordem dessa vergonhosa ilusão! Vocês foram usados!”
Celulares na mira
Avança em Mato Grosso do Sul a ideia de proibição do uso de celulares nas escolas do Estado. Um projeto de lei de autoria do deputado Pedrossian Neto (PSD) traz proposta com este teor, incluindo equipamentos que possuam acesso à Internet, tais como celulares, tablets, relógios inteligentes e outros dispositivos similares. O projeto propõe abrangência tanto para as unidades públicas quanto para as da iniciativa privada.
Fechando o cerco
De acordo com o projeto de lei 268/2024, estudantes que optarem por levar seus aparelhos celulares e outros dispositivos eletrônicos para as escolas situadas em Mato Grosso do Sul, deverão deixá-los armazenados, sem a possibilidade de acessá-los durante o período das aulas. Cada escola deverá estabelecer protocolos para o armazenamento dos dispositivos eletrônicos, propõe a matéria.
Acessar é preciso
O uso de celulares e outros aparelhos semelhantes somente será permitido em unidades escolares sul-matogrossenses, exclusivamente quando houver necessidade pedagógica para utilização de conteúdos digitais ou ferramentas educacionais específicas; e para alunos com deficiência que requerem auxílios tecnológicos específicos para participação efetiva nas atividades escolares. É o que propõe o projeto de lei já em tramitação na Assembleia Legislativa de MS.
Aferindo a saúde
Será no Campo Zé Tabela, nessa sexta-feira (22), importante ação do Município na área de saúde: a equipe da Secretaria Municipal de Saúde estará disponível para realizar aferições de pressão e glicemia, além de encaminhamentos e orientações sobre o autocuidado com a saúde.
Importância da prevenção
No dia 29 de novembro, as atividades acontecerão na Praça Paraguaia, a partir das 8h. O evento conta profissionais de saúde que irão realizar atendimentos preventivos e fornecer informações sobre o diabetes, reforçando a importância da prevenção e do acompanhamento médico.
Façam suas apostas
São grandes as especulações a respeito dos nomes que vão compor o secretariado do futuro prefeito Marçal Filho, muito embora o próprio não tenha dado, de público, pistas sobre suas escolhas. Os mais citados, até o momento, são: Alexandre Mantovani (Procuradoria Geral do Município), Fábio Luiz (Planejamento), Alessandro Lemes Fagundes (Administração), José Luiz (Fazenda), Marinete Nelvo (Educação), Robson Araújo “Choquito” (Cultura) e a vice-prefeita Gianni Nogueira (Assistência Social).
BASTIDORES DO PODER
De algoz a “meu líder”
Leônidas Pires Gonçalves, ministro do Exército entre os anos entre 1985 e 1990, certa vez mandou prender o então capitão do Exército Jair Bolsonaro. O agora ex-presidente tinha sido proscrito pela cúpula da Força quatro anos antes, por uma série de atos de indisciplina e quebra de hierarquia: insultou superiores, publicou um artigo na Revista “Veja” reclamando dos soldos e revelou a uma repórter da revista um plano para explodir bombas em unidades militares.
Com a revelação do plano das bombas, o então ministro do Exército duvidou da revista e deu um crédito de confiança ao capitão — mas se enfureceu contra ele e passou a trabalhar por sua expulsão quando ficou provado que a repórter tinha provas do que escrevera.
Mais poderoso líder militar na transição para a redemocratização (ordenou a um hesitante José Sarney que tomasse posse quando Tancredo Neves morreu), Leônidas continuou com força no Exército mesmo após deixar o poder.
Bolsonaro sabia disso e, a partir dos anos 2000, se reaproximou gradativamente do ex-algoz. Foi ao enterro de Leônidas e, conforme contou Miguel Pires Gonçalves, filho do general, numa entrevista em 2022, afirmou que considerava o pai dele “o maior líder militar dos últimos 50 anos no Brasil”. O ex-ministro morreu em 2015. (Fábio Victor, na “Folha de S.Paulo”, em 25.11.23)