O União Brasil, que na noite desta quinta-feira, 10, conseguiu confirmar o deputado Pedro Lucas (foto) como ministro das Comunicações, garantiu 37 assinaturas no projeto de lei da anistia, que o governo tem tentado engavetar na Câmara. A coluna teve acesso a uma lista de parlamentares que assinaram em apoio aos bolsonaristas, com 251 nomes. Até aquele momento, faltavam seis nomes para que o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, conseguisse aprovar a tramitação de urgência para o projeto de lei.
Do MDB e do PSD, que têm 3 ministérios cada, foram constatadas 21 e 23 assinaturas, respectivamente.
O PP, que tem um ministério, contribuiu com a lista do PL com 34 deputados. E o Republicanos, que tem um ministro e com quem o governo tenta fazer uma aproximação, teve 25 assinaturas. Assim, a base aliada do governo compôs a maioria das assinaturas coletadas por Cavalcante.
Os partidos aliados foram cobrados publicamente pelo líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, que falou ter se encontrado com Isnaldo Bulhões (MDB), que estava disparando telefonemas para falar com a bancada. Lindbergh disse saber que parte desses parlamentares já seriam “voto perdido” por serem próximos do bolsonarismo, mas que encontrou nomes que surpreenderam.
O deputado Otoni de Paula, do MDB do Rio, por exemplo, era um nome que estava se aproximando de Lula. Outro que é considerado lulista e assinou o documento foi o pastor Sargento Isidório, do Avante da Bahia. O Podemos, que também estava ensaindo um namoro com a base aliada, deu oito votos para a urgência do PL, incluindo o da presidente da legenda, Renata Abreu.
O esforço dos governistas é para que os deputados retirem seus nomes da lista.
Em entrevista coletiva à noite, a ministra Gleisi Hoffmann afirmou confiar em Hugo Motta para que o projeto de lei não vá à votação.
Ela reafirmou o mantra que tem sido dito pelos petistas: que o projeto de lei criaria uma crise institucional com o STF.
(Istoé)